Deputado cassado

Deltan Dallagnol depõe na Polícia Federal sobre críticas ao TSE

O inquérito apura declarações de Deltan em entrevistas, ocasião em que acusou ministros do TSE de cassar o seu mandato em troca de uma vaga no STF

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O deputado cassado afirmou que o TSE “criou uma inelegibilidade” Foto: Reprodução/Youtube.

O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira, 5, sobre as acusações feitas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A oitiva durou cerca de uma hora e meia e o parlamentar respondeu a todas as perguntas.

O inquérito apura declarações de Deltan em entrevistas, ocasião em que acusou ministros do TSE de cassar o seu mandato em troca de uma vaga no STF. Em nota, os advogados de Deltan afirmaram que vão pedir a íntegra da investigação “em nome da transparência e do interesse público”; o processo é conduzido em sigilo pelo ministro Alexandre de Moraes.

Na semana passada, o deputado cassado foi chamado para depor, mas a intimação não explicava o motivo da oitiva. A investigação tem como base a declaração de Deltan à Folha de S. Paulo, na qual acusou o ministro Benedito Gonçalves de defender a sua cassação em troca de uma vaga no STF; no programa “Roda Viva”, o deputado cassado repetiu a ilação, sem apresentar nenhuma prova.

O deputado cassado afirmou que o TSE “criou uma inelegibilidade”. Na sexta-feira (2), ele recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a decisão da Corte Eleitoral.

“Um ministro chega ao tribunal superior não só porque é indicado pelo presidente, mas porque é apoiado por uma série de partidos e figurões da nossa República. […] Essas pessoas querem vingança, o sistema quer vingança.”

Deltan Dallagnol ficou conhecido por ser um dos principais procuradores da Operação Lava Jato. Em 2020, ele foi afastado das funções na Procuradoria da República no Paraná por decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

O Tribunal Superior Eleitoral é responsável por garantir a legitimidade das eleições no Brasil. Já o Supremo Tribunal Federal é a mais alta instância do Poder Judiciário brasileiro e tem como função precípua a guarda da Constituição Federal.

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