‘Brasília é a capital de todos’, diz senador que salvou Fundo do DF

A primeira emenda apresentada e a primeira acatada pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), sobre a retirada da mudança no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) do  relatório do projeto do novo marco fiscal, foi de autoria do senador Eduardo Gomes (PL-TO).

Apesar do parlamentar  não fazer parte da Bancada do DF, a sua atuação foi fundamental neste âmbito.

“É claro o meu reconhecimento e o meu entendimento que Brasília é a capital de todos os brasileiros, e a matéria era inoportuna nesse aspecto”, ressalta Gomes

Eduardo Gomes também é próximo do governador Ibaneis Rocha, ligação que nasceu nas lidas, ações, políticas e evoluiu para uma amizade pessoal.

Mesmo não sendo brasilense, o senador tem estreita ligação com Brasília e na sua juventude chegou a morar em Planaltina, de 1980 à 1983, dos seus 14 anos até os 17, participando ativamente da vida cultural da cidade na música e no teatro.

 Depois exerceu três mandatos consecutivos de deputado federal e conhece profundamente a realidade do Distrito Federal e a importância vital do Fundo Constitucional para a sua manutenção.

“Sem contar os anos que vivi aqui, a família, os netos que nasceram aqui. Além de que todo o brasileiro tem alguém em Brasília, por ser essa cidade uma cidade que abriga correntes de todas as regiões do Brasil, de todos os estados e de todas as cidades e até pela representação de todas as representações diplomáticas”.

Questionado pelo Diário do Poder sobre a sensação de ter a primeira emenda aprovada, Gomes respondeu: “Sensação de poder retribuir à Brasília pela acolhida que sempre tive aqui”.

Gomes, que é representante do Tocantins, e nasceu em Palmas, cidade muito similar à Brasília, ressalta a semelhança entre as capitais. 

“A partir de Juscelino Kubitschek, Lúcio Costa, Niemeyer e de todos os candangos,  de todos que vierem para Brasília. E além de ser de Palmas, uma cidade que também foi criada para abrigar todos os municípios tocantinenses”.

O senador Omar Aziz retirou do limite de gastos as despesas da União com Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) no último dia 20, o texto foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, e ontem (21), no Plenário da Casa com 57 votos favoráveis e 17 contrários. Agora o projeto retorna para a Câmara dos Deputados, onde a expectativa é que seja votado no começo de julho.