Livro

Sete gaúchos lançam em Brasília ‘A Língua de Pelotas e outras barbaridades’

Coletânea de 14 artigos será lançada na Uisqueria Berlim, na 111 Norte

acessibilidade:
Divertida, a jornalista Mayna Ruggiero exibe exemplares de "A Língua de Pelotas e outras barbaridades" e "50 tons rosa".

Sete jornalistas gaúchos radicados em Brasília lançam nesta quinta-feira, dia 6 de dezembro, a partir das 18 horas, na Uisqueria Berlim, na Comercial 111 Norte, A Língua de Pelotas e outras barbaridades, coletânea de 14 artigos e reportagens sobre a mais alegremente famosa cidade da porção meridional do Rio Grande do Sul. ‘

O trabalho que mais polêmica despertou na Feira do Livro de Pelotas, recém-encerrada e na qual o livro foi dos mais vendidos, é um mini-dicionário do pelotês, dialeto que, segundo o organizador da obra, resultou “de menáge a trois envolvendo o português arcaico, o francês renascentista e o gauchês mais tosco”.

Conforme o consagrado lingüista Lawrence Backhouse, o pelotês é o mais sofisticado dos dialetos gaúchos, à frente do carcamaneto, corrente nas pirambeiras ao redor de Caxias do Sul; do magrãolês, linguagem onamatopáica gaguejada em Porto Alegre; do teutotoniquês, parolagem praticada na área de colonização alemã e do gauchês, utilizado nas zonas ainda não civilizadas do Estado.

Ainda segundo Backhouse, conhecido lingüista ianque, o pelotês vence em expressividade, riqueza e esplendor até mesmo o inglês de Shakespeare e o grego de Homero. Participam do livro os jornalistas Artur Pereira (A primeira noite de um pato), Carlos Eduardo Beherensdorf (Memórias de um recruta encrenqueiro), José Cruz (Paixão Xavante: uma epopéia e uma vitória esquecida) Lourenço Cazarré (O aviador que virou canção), Lúcio Vaz (A contaminação que a ditadura escondeu), Luiz Lanzetta (Os brutos também amam) e Sérgio Siqueira (Como quebrei quatro vezes e sobrevivi para contar a história toda). Alguns do autores participaram da elaboração de 50 tons de rosa – Pelotas no tempo da ditadura, o único livro sobre aquele período horroroso que se lê rindo, conforme assegurou o crítico literário J. A. Severo.

Serviço:
Livro: A Língua de Pelotas e outras barbaridades
Organizado por Ayrton Centeno, 246 páginas, editora Insular.

Local de lançamento: 
Uísqueria Berlim, na Comercial da 111 Norte, Brasília

Reportar Erro