Superfaturamento do Mané

Sete alvos da Panatenaico pedem revogação da prisão temporária

A ação investiga o superfaturamento de R$ 900 milhões no Mané

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Sete presos na Operação Panatenaico entraram com revogação de prisão temporária e tentam sair da cadeia antes do prazo, que termina neste sábado (27). Não pediram a liberdade ainda o ex-governador Agnelo Queiroz, Jorge Luiz Salomão e Francisco Claudio Monteiro. A ação investiga o superfaturamento de R$ 900 milhões nas obras do Estádio Nacional Mané Garrincha.

O juiz Vallisney de Souza Oliveira pediu manifestação do Ministério Público Federal antes de decidir se aceita a solicitação das defesas. A Polícia Federal, no entanto, rejeita a soltura dos investigados.

Operação

A Operação Panatenaico cumpriu, na última terça-feira (23), 10 mandados de prisão temporária. Além dos ex-governadores Agnelo Queiroz e José Roberto Arruda e do ex-vice-governador Tadeu Filippello, agentes públicos e executivos estão na lista.

A ação investiga uma organização criminosa que fraudou e desviou recursos das obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha para Copa do Mundo de Futebol de 2014.

As obras, orçadas em cerca de R$ 600 milhões, custaram, na verdade, R$ 1,575 bilhão. Segundo a PF, o superfaturamento chega a quase R$ 900 milhões. O estádio do DF foi o mais caro de toda a Copa de 2014.

Os alvos são: José Roberto Arruda (ex-governador), Agnelo Queiroz (ex-governador), Nelson Tadeu Filippelli (ex-vice-governador), Maruska Lima de Souza Holanda (ex-presidente da Terracap), Nilson Martorelli (ex-presidente da Novacap), José Luiz Salomão (intermediário de Agnelo), Sérgio Lúcio Silva de Andrade (interlocutor de Arruda), Francisco Cláudio Monteiro (ex-secretário da Copa), Fernando Márcio Queiroz (dono da Via Engenharia) e Afrânio Roberto de Souza Filho (Operador financeiro)

A Polícia Federal também cumpriu mandados de busca e apreensão nos escritórios de advocacia de Wellington Medeiros e de Luís Carlos Alcoforado, além de apreender documentos nas residências de todos os investigados com mandados de prisão.  Os dois advogados foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimentos.

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