Até outubro de 2021

Senadores pedem à PGR prorrogação da Lava Jato no Rio de Janeiro

Documento foi assinado por 24 parlamentares

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Major Olímpio foi um dos 24 senadores que assinou o documento Foto: Ascom Eduardo Girão

Com objetivo de não prejudicar os trabalhos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (16), o senador Eduardo Girão (Pode-CE) conseguiu o apoio de 24 senadores em um manifesto que será entregue à Procuradoria Geral da República (PGR), solicitando a prorrogação da operação no estado.

Recentemente a PGR postergou o prazo das ações no estado até 31 de janeiro de 2021. No entanto, o Senador contra-argumenta que o tempo pode ser insuficiente colocando em xeque ações determinantes e em curso. “Entendemos a dimensão e a importância da Operação Lava Jato no Brasil, e em ações determinantes no Estado do RJ. Assim esse prazo fixado pela PGR pode ser insuficiente para o avanço de investigações em fase de apuração, ” enfatiza.

O pedido tem em vista o vultoso resultado na Lava Jato no Rio de Janeiro, durante o período de sua existência, a força tarefa já conseguiu a recuperação aos cofres públicos de mais de R$ 1 bilhão, 48 prisões temporárias, 217 prisões preventivas, 471 buscas e apreensões, 35 conduções coercitivas, 6 ações de improbidade administrativa, 56 ações penais e 41 condenações.

A mesma ideia é defendida pelo coordenador da força tarefa no Rio de Janeiro, Procurador da República Eduardo El Hage será, in verbis: “um prazo totalmente inviável para terminar os trabalhos de uma forma tranquila”. Em outro trecho afirmou: “o período de um ano seria necessário para que o trabalho não fosse descontinuado de forma abrupta”.

No estado do Paraná, onde nasceu a Lava Jato, conforme a determinação da PGR, as atividades dos procuradores serão estendidas até outubro de 2021. “Entendemos que no caso do Paraná, essa dilação do prazo foi razoável e pode permitir que sejam concluídas investigações importantes. Porém, não podemos dizer o mesmo em relação ao Estado do Rio de Janeiro, cujo prazo restou muito exíguo e insuficiente para o melhor avanço das apurações”, destaca Girão.

Entre os 24 parlamentares que assinaram o documento, estão: Major Olímpio (PSL-SP), Diego Tavares (Progressista-PB), Carlos Viana (PSD-MG), Reguffe (Pode-DF), etc.

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