Saúde na UTI

Secretário promete que vai se esforçar para melhorar planejamento

Rainha ressalta, "é preciso que a saúde do DF seja resgatada"

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Durante o lançamento da Auditoria Coordenada em Governança e Gestão da Saúde, no plenário do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) o secretário de Saúde Humberto Lucena debateu com o presidente da Casa Renato Rainha, sobre a precariedade da saúde pública no Distrito Federal.

Entre os temas debatidos estão a falta de remédios, excesso de contratos emergenciais, má gestão dos leitos de UTI, constantes processos judiciais e fiscalização deficiente.

Através da auditoria nas Unidades de Tratamento Intensivo da rede pública, o TCDF atestou a ineficiente administração das 432 UTIs, a cada três solicitações de internação, duas não são atendidas. E mesmo com os pacientes que conseguem acesso aos leitos, tiveram a internação tardia.

A falha da gestão, por parte da Secretaria de Saúde, faz com que cerca de 10 mil diárias de UTI ficaram indisponíveis à população, “atualmente, 87 leitos de UTI continuam bloqueados, que é inclusive a nossa demanda reprimida”, reconheceu Lucena afirmando que os dados serão utilizados para mudar diversas práticas na Pasta.

Rainha entregou para o secretário um levantamento com as principais auditorias da Corte, com decisões que contêm determinações e orientações.

Nas auditorias realizadas pelo tribunal, foram avaliados diversos pontos como a execução e a efetividade de contratos de manutenção de equipamentos médico-hospitalares, a quantidade do serviço de saúde prestado, tanto na atenção básica, como nas urgências e emergências.

Também foi analisada a eficácia do sistema de registro de frequência dos servidores da área, regularidade da aquisição, armazenamento e distribuição de órteses, próteses e materiais especiais das áreas de diagnose de imagem e de tratamento de câncer. Como é a regularidade da aquisição de remédios, entre outras, “é preciso que a saúde do DF seja resgatada para que a população tenha um atendimento de qualidade”, afirmou o Conselheiro Renato Rainha. 

Lucena prometeu que vai se esforçar para melhorar o planejamento, fortalecer a fiscalização da execução dos contratos e aumentar a qualidade do serviço oferecido para a população, “ a saúde é universal e integral, mas isso não quer dizer comprar qualquer coisa, a qualquer preço”, afirmou.

Agora o secretário e outros gestores da Saúde têm até o dia 15 de abril para responder um questionário sobre as práticas de governança e gestão na rede de atenção básica, média e alta complexidade, na auditoria interna, nos processos de aquisição de medicamentos, equipamentos médicos e na gestão de pessoas, além de outros itens.

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