Quem mandou ser eficiente?

Secretário de Doria admite que aumento de ICMS pune quem foi eficiente na pandemia

Burocrata de Doria vive em outro planeta: acha que o aumento deve ser absorvido pelas empresas

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O secretário de Projetos, Orçamento e Gestão do governo de São Paulo, Mauro Ricardo Costa, afirmou nesta terça-feira (5), que o aumento de ICMS determinado pelo governador João Doria atingiu segmentos do agronegócio porque esse setor apresentou bom desempenho durante a pandemia.

A declaração do burocrata, durante o programa Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, foi interpretada como uma punição aos setores do agronegócio que, por sua eficiência, apresentaram desempenho satisfatório, gerando empregos e renda e garantindo melhores indicadores da economia brasileira.

O burocrata parece viver em outra dimensão. Na opinião dele, o aumento de 18% do ICMS “devem ser absorvidas pelos empresários para não chegar ao bolso do consumidor”.

Segundo o secretário, os setores atingidos pelos aumentos na cobrança do ICMS estariam absorvendo uma suposta “redução média de 20%”. Uma “redução” difícil de ser explicada a quem vai pagar mais nas contas de luz s água, no litro de leite ou na compra de equipamentos agrícolas, por exemplo.

Costa disse que a medida foi “necessária” para reverter perdas provocadas pela pandemia da Covid-19. O burocrata parece não perceber que as perdas provocadas pela pandemia atingiu a todos, exceto o setor público, do qual ele faz parte, que não reduziu salários, por exemplo, como no setor privado que o sustenta.

O burocrata Mauro Ricardo conhece o “caminho das pedras” no setor público. Em março de 2019, quando secretário de Governo do prefeito paulistano Bruno Covas, foi acusado de se beneficiar de medida da própria prefeitura permitindo o acúmulo de jetons. Com isso, ele teria recebido mais que o próprio prefeito.

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