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Secretaria mostra a gestores de todo o País como o DF acolhe pessoas em situação de rua

Trabalho foi exposto na live da Rede Suas, organizada pela Secretaria Nacional de Assistência Social, do Ministério da Cidadania

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Mayara Noronha Rocha, ex-secretária de Desenvolvimento social do governo do Distrito Federal - Foto: Davidyson Damasceno/Agência Brasília.

A Secretaria de Desenvolvimento Social do governo do Distrito Federal, comandada pela secretária Mayara Noronha Rocha, foi convidada pelo governo federal, nesta sexta-feira (26), para apresentar a gestores nacionais, estaduais e municipais o trabalho que vem sendo executado para a população em situação de rua. A metodologia foi divulgada durante a live da Rede Suas, organizada pela Secretaria Nacional de Assistência Social, do Ministério da Cidadania. Mayara é a primeira-dama do DF e não recebe qualquer remuneração.

Entre outras ações emergenciais, fora, destacados dois alojamentos provisórios e a remodelagem de uma unidade de Serviço de Acolhimento e Fortalecimento de Vínculos, gerando cerca de 500 vagas para o acolhimento da população em situação de rua durante a pandemia do novo coronavírus.

Definida como o Sistema Nacional de Informação do Sistema Único de Assistência Social, a Rede Suas é um instrumento descentralizado de gestão, monitoramento e avaliação de programas, serviços, projetos e benefícios da Assistência Social. Os dados e informações da Rede Suas subsidiam as atividades técnicas de gestores, profissionais, conselheiras e conselheiros, entidades socioassistenciais e pessoas usuárias da política em todo o território nacional.

O encontro virtual desta manhã, com o tema “Como organizar os serviços do Suas para a população em situação de rua durante a pandemia?”, reuniu especialistas de várias regiões do país. Entre eles, a secretária nacional de Assistência Social do Ministério da Cidadania, Mariana Neris; o diretor da Proteção Social Especial do Governo Federal, Danyel Iório; o coordenador-geral da Política Nacional de Proteção da População em Situação de Rua do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Carlos Ricardo Júnior; a coordenadora-geral substituta dos Serviços de Acolhimento, e a coordenadora-geral dos Serviços de Proteção à Famílias e a Indivíduos do Ministério da Cidadania, Ana Angélica Campelo.

Acolhimento é feito para população em situação de rua – Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília.

A secretária Mariana Neris, definiu como “extraordinário” o trabalho desempenhado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) com o objetivo de acolher esse público. “Trata-se de uma complexidade que se agrava nesse contexto tão delicado de uma pandemia”, define. “Seguimos repassando um conjunto de orientações técnicas para que os gestores possam adaptar os serviços e as rotinas de atuação lá nas pontas”, complementou.

De acordo com a subsecretária de Assistência Social, Kariny Alves, foi fundamental ter mobilizado a equipe de trabalho para planejar as ações logo nos primeiros dias dos decretos voltados para o isolamento social. “Além das medidas adotadas, cada setor tratou de arquitetar seu planejamento interno, com a coordenação da secretária Mayara [Noronha Rocha]. A partir daí foi pensar no acolhimento dos mais vulneráveis, surgindo assim os alojamentos provisórios”, explica.

Posteriormente, outras iniciativas foram complementando as ações. Uma das orientações da secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, foi conceder a isenção de pagamento das marmitas nos Restaurantes Comunitários para a população em situação de rua, e ainda, a intensificação do trabalho de reinserção familiar e a reordenação do serviço de acolhimento, que chegou a zerar a demanda reprimida por vagas em acolhimento institucional pela primeira vez no DF.

Nas próximas semanas, outras propostas começam a ser colocadas em prática, como a parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os profissionais de saúde da fundação vão para dentro das unidades de acolhimento para procederem o cuidado com esse público e vão participar da elaboração de um plano de segurança alimentar e nutricional para população em situação de rua.

“Os alojamentos provisórios foram montados com o objetivo de oferecer para as pessoas que estão em situação de rua a possibilidade de manterem o isolamento social e cumprirem a quarentena. Estamos realizando atividades nas unidades que estão estimulando a autonomia desses acolhidos, são oficinas de pizzaiolo, artes, grafite, como também as aulas de português e outros cursos”, enfatiza a secretária Mayara Noronha Rocha.

Alojamentos

De acordo com a equipe de Abordagem Social da Sedes, atualmente, 1.500 pessoas encontram-se em situação de rua. O alojamento provisório do Autódromo, no Plano Piloto, está com 184 acolhidos, tendo 16 vagas disponíveis. Já na unidade de Ceilândia, 181  pessoas estão em quarentena, com 19 vagas de acolhimento.

Em cada alojamento, foram montados 50 contêineres, com capacidade para quatro adultos cada, do sexo masculino. A estrutura conta ainda banheiros, área para a lavagem de roupas, refeitório, onde são servidas três refeições diariamente e a área de convivência e lazer.

Nas unidades, há ainda mais quatro contêineres destinados ao isolamento dos acolhidos com suspeitos de Covid-19.

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