Gatunagem

Presidente do PTB-SP é alvo de inquérito por enriquecimento ilícito

Campos Machado teria movimentado R$ 6,1 milhões em 'operações suspeitas'

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Salário de servidores e funcionários fantasmas

O MPE apura se as movimentações financeiras consideradas suspeitas de Campos Machado têm relação com denúncia envolvendo o petebista, que é alvo de um segundo inquérito em andamento na Promotoria. A investigação feita pelo promotor Marcelo Milani apura denúncia de que o político petebista cobrava devolução de parte do salário de servidores indicados por ele na Secretaria Estadual de Justiça e na Assembleia Legislativa.

Segundo a acusação, Campos Machado teria cerca de 160 cargos sob sua influência na Assembleia e o esquema movimentaria cerca de R$ 500 mil por mês. A denúncia cita ainda um esquema de funcionários fantasmas, notas frias para justificar gastos com a verba de gabinete, “venda de favores” no Judiciário e desvio de recursos em convênios da Secretaria Municipal de Esportes, loteada ao PTB na gestão Fernando Haddad (PT).

Nos governos Alckmin (2011-2018), a Secretaria de Justiça ficou sob influência do petebista. Tanto o atual secretário, Márcio Elias Rosa, ex-procurador-geral do MPE, como seu adjunto, Luiz Madureira, são indicações do petebista. O inquérito sobre Elias Rosa foi arquivado em abril por falta indícios contra ele.

Lava Jato

Campos Machado ainda é suspeito de receber valores não declarados para a campanha eleitoral em 2010.

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, encaminhou para a Justiça de São Paulo petição para investigar as acusações feitas nas delações dos ex-executivos da Odebrecht, Carlos Armando Guedes Paschoal e Benedicto Barbosa da Silva Júnior.

De acordo com o inquérito, os delatores contaram que a campanha de Campos Machado recebeu R$ 50.000,00 em espécie como recursos não declarados.17

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