Caixa 2 e lavagem

Ministro do STF arquiva inquérito contra Aloysio Nunes

Tucano era investigado por suposto caixa 2 e lavagem de dinheiro

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Aloysio Nunes Ferreira. Foto: Marcello Casal Jr/ABr
Aloysio Nunes Ferreira. Foto: Marcello Casal Jr/ABr

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello arquivou nesta segunda-feira, 11, inquérito que apurava e o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB-SP), cometeu crime de falsidade ideológica eleitoral – o chamado caixa dois – e lavagem de dinheiro.

A investigação está relacionada com os depoimentos de delação premiada na Operação Lava Jato do ex-executivo da empreiteira UTC Ricardo Pessoa. Segundo o delator, ele teria acertado diretamente com o senador doação de R$ 500 mil à campanha de Aloysio Nunes ao Senado, em 2010, sendo que R$ 300 mil seria feito mediante doação oficial e R$ 200 mil em dinheiro vivo, por fora, o chamado caixa dois. Aloysio está licenciado do mandato para ocupar o cargo de ministro.

A decisão de Celso de Mello atende a um pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, há duas semanas.

Segundo Raquel Dodge, Ricardo Pessoa e Walmir Pinheiro, da UTC, confirmaram pagamento de R$ 200 mil por fora por meio de pessoa chamada Marco Moro. O senador disse que essa pessoa foi designada para discutir doações oficiais. Ele chegou a ser ouvido, mas faleceu em agosto do ano passado.

Para Dodge, o falecimento dificulta o prosseguimento da apuração.

“Ressalte-se que o seu falecimento aumenta a dificuldade na descoberta de novas provas, uma vez que ele era apontado como o elo entre os colaboradores e demais depoentes e o político investigado, na suposta entrega de doação extraoficial à campanha de Aloysio Nunes ao Senado Federal em 2010. Assim, todas as diligências requeridas pela Procuradoria Geral da República e autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal foram cumpridas, não havendo mais linha investigativa a seguir”, disse.

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