Lorota gravada

Há 2 semanas, Doria disse em vídeo que retomada de restrições era ‘fake news’

Hoje, day after do 2º turno, governador anunciou a retomada das restrições

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O repique dos casos de covid em São Paulo, admitido somente após a eleição, provocaram medidas restritivas que Doria jurou serem "fake".

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira, 30, medida que negou há exatos 17 dias: endurecer as medidas de combate à covid-19 no estado.

O anúncio foi feito menos de 24 horas após as eleições, que teve como vitorioso seu aliado partidário, Bruno Covas – reeleito prefeito de São Paulo.

Há duas semanas, em vídeo publicado nas redes sociais, Doria chamou a notícia de que o estado endureceria as medidas de combate à pandemia após as eleições de “fake news”.

“Meu repúdio aos que espalham esse tipo de mentira na tentativa de prejudicar nossa gestão ou fazer um golpezinho às vésperas da eleição”, falou Doria, completando que São Paulo tem lidado de forma “transparente” no combate à covid-19.

Mas foi apenas passar algumas horas do segundo turno das eleições municipais que o tucano revelou seu plano.

Veja o vídeo:

À época, a pandemia de covid-19 em São Paulo já mostrava sinais claros de piora na capital e em outras cidades. Houve aumento de 12,5% na ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Grande São Paulo.

Na rede privada da capital, 65% dos leitos de UTI estão ocupados. O número de pessoas em ventilação mecânica cresceu e o percentual de testes positivos aumentou.

Ccom medo de estabelecer restrições antes das eleições, o prefeito Bruno Covas também preferiu ignorar os dados e disse que “isso é mais uma fake news, lançada às vésperas da eleição, mostrando o desespero eleitoral de alguns”.

Os dados da própria Secretaria Municipal da Saúde desmentiam os tucanos. Segundo o Boletim Diário, o número de pessoas internadas por covid-19 em São Paulo cresceu 11,8% nas quatro semanas anteriores ao primeiro turno, realizado no dia 15 de novembro. De 614 pessoas, em 22 de outubro, para 686 no dia 12. Além disso, o número de pessoas em UTI já subia 48,7%.

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