Protesto por proteção

Garis param em São Paulo por inclusão nos grupos prioritários na vacinação contra covid

Os profissionais argumentam que estão entre os grupos mais expostos ao risco de contágio pelo coronavírus

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Trabalhadores da limpeza urbana de São Paulo pedem vacinação contra a covid-19. Foto: Reprodução/Siemaco-SP

Durante protesto em frente ao prédio da Prefeitura de São Paulo, trabalhadores do serviço de limpeza urbana na capital paulista anunciaram greve e paralisaram os serviços de varrição e coleta de lixo. A categoria pede para que os trabalhadores do setor sejam vacinados contra a covid-19.

“A categoria que nunca parou merece vacina, respeito e reconhecimento. Sem vacina, sem coleta”, disse o Siemaco-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo), que publicou um vídeo em sua página no Facebook.

Os profissionais argumentam que estão entre os grupos mais expostos ao risco de contágio pelo coronavírus, na medida em que o serviço é essencial e não é interrompido em nenhum momento da pandemia, mesmo nos mais críticos.

Eles afirmam que já protocolaram diversos pedidos por prioridade na imunização ao governo do estado, à Prefeitura de São Paulo, à Câmara Municipal e à Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), mas que não obtiveram qualquer resposta.

Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), a categoria não informou com antecedência sua intenção de paralisar os serviços, como determina a lei. Ele afirmou ainda que os trabalhadores da limpeza estão no Plano Nacional de Imunização (PNI), mas ainda não foram imunizados devido à ordem de prioridade e culpou o governo federal por atrasos na entrega de vacinas.

“No começo do ano, o Bruno Covas [prefeito morto no mês passado] fez uma carta de intenção para a compra de vacinas da Pfizer, Janssen e AstraZeneca, mas não temos comprado porque esses fabricantes querem vender para o Ministério da Saúde antes de vender para São Paulo. Se amanhã tiver vacina disponível, a gente compra”, disse, em entrevista ao UOL.

Outras categorias, como metroviários, motoristas e cobradores de ônibus e caminhoneiros, puderam se vacinar após pressão e ameaças de greve.

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