Santo André

Irmão de Celso Daniel se reaproxima do PT e quer ser vice em Santo André (SP)

Bruno Daniel (PSOL) já acusou o partido em outras ocasiões de dificultar que fosse investigada a tese de que a morte do irmão em 2022 foi um crime político

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O professor Bruno Daniel (PSOL) e a ex-vereadora Bete Siraque (PT), durante anúncio de aliança para a disputa da prefeitura de Santo André (Foto: Reprodução/Youtube)

Após anos longe do Partido dos Trabalhadores (PT), o professor universitário Bruno Daniel (Psol), irmão mais novo do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, será candidato a vice-prefeito na chapa para a prefeitura de Santo André com a ex-vereadora Bete Siraque (PT). 

Daniel rompeu laços com o PT em 2012, após desavenças sobre a investigação da morte de seu irmão, em janeiro de 2022, o qual ele sempre considerou um crime político. 

Caso Celso Daniel

Celso Daniel foi um dos fundadores do PT em 1980, além de prefeito de Santo André entre 1997 e 2002, quando foi sequestrado e morto a tiros. A investigação da Polícia Civil e do Ministério Público concluiu que ele foi vítima de uma quadrilha de criminosos, que atuava na zona sul de São Paulo. 

Em 2003, Bruno chegou a afirmar que o PT criava obstáculos à investigação e em 2016 declarou que o partido, com “pouquíssimas exceções” fez “tudo o que era possível e imaginável para reforçar a tese da polícia, segundo a qual seria um crime comum”.

Quando perguntado a respeito de sua reaproximação do PT, ele afirmou que a receptividades das pessoas já tem sido positiva, que nunca atribuiu nada ao partido e que sua briga sempre foi para descobrir quem participou do assassinato. 

O PT é uma instituição, constituída por um monte de pessoas. Se a gente imaginar que um católico comete um assassinato, a gente vai falar ‘olha só, a Igreja Católica tem asssassino’?”, questionou. “São coisas que não tem cabimento”.

Daniel alega desejo de resgatar experiências da gestão do irmão

Bruno Daniel afirmou o desejo de resgatar as experiências das gestões de seu irmão, aprimorando com o que existe de novo, de acordo com á Folha.

“A gente fala na pré-campanha de ‘escutar e construir’” disse. “A gente vai conversar com as pessoas nas ruas, nas casas, com organismos da sociedade civil. A gente escuta e processa demandas e incorpora aquilo que a gente considera importante, coisas que a gente não percebe”.

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