Para facilitar ações

Doria e Covas decretam calamidade pública em São Paulo por coronavírus

Medida serve para facilitar a compra de produtos e serviços, dispensando a necessidade de licitação

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Doria disse que faltou “bom senso” ao prefeito, antecipando meia dúzia de feriados. Covas deu o troco: “o senso que falta é o senso de urgência”

A Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado decretaram, na tarde desta sexta-feira, 20, estado de calamidade pública para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. É a primeira vez que os dois órgãos adotam essa medida na história.

A Prefeitura já havia decretado estado de emergência. Na prática, as medidas servem para facilitar a compra de produtos e serviços, dispensando a necessidade de licitação. No caso da cidade, Covas já havia autorizado o confisco de bens públicos em prol do atendimento dos doentes.

“O reconhecimento do estado de calamidade pública no estado de São Paulo a partir de amanhã, sábado, dia 21 de março, com a publicação no Diário Oficial do estado. O objetivo desta medida não é gerar pânico e nem pavor, mas gerar facilidade de ações do governo e dos 645 municípios do estado de São Paulo”, disse Doria durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.

O governo determinou ainda a suspensão de serviços públicos estaduais não essenciais a partir de segunda-feira (23). Para o governador, neste momento, a redução de público provocada por medidas de restrição do comércio e das escolas está sendo o suficiente pelas orientações sanitárias.

Repartições públicas como o Poupatempo, Detran e Junta Comercial do Estado de São Paulo vão fechar as portas e farão atendimento apenas on-line.

Serão fechados ainda equipamentos públicos como zoológicos e todas as unidades de conservação estaduais, como Horto Florestal, Jardim Botânico, Parque Ecológico do Tietê, entre outros do estado, até o dia 30 de abril. Equipamentos esportivos, como o Complexo do Ibirapuera, também devem ter as atividades suspensas.

“Seguindo a linha de trabalho em conjunto da Prefeitura de São Paulo e governo do estado de São Paulo também no Diário Oficial de amanhã nós teremos o decreto assinado por mim de reconhecimento de situação de calamidade pública na cidade de São Paulo. Isso permite ao governo municipal uma série de agilidades pra poder tomar as decisões e efetuar as decisões tomadas pelo secretariado que tem se reunido diariamente e tomar as medidas cabíveis”, disse Covas.

Doria afirmou que ainda não fará redução nos serviços de transporte por trilhos, uma vez que já foi observada a redução de até 40% no número de passageiros.

 

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