Prejuízo de R$ 20 milhões

Ceagesp perdeu 7.000 toneladas de alimentos com chuvas em SP

Prejuízo estimado chega a R$ 20 milhões; alimentos atingidos pela enchente serão levados a um aterro sanitário e destruídos

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Melancias boiam na inundação do Ceagesp. Foto: Reprodução

Sete mil toneladas de alimentos foram perdidos com o temporal que atingiu São Paulo entre domingo, 9, e segunda-feira, 10, segundo estimativa da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).

O valor responde por cerca de 70% da movimentação diária do centro (que fica entre 10 e 11 mil toneladas) e por R$ 20 milhões em prejuízos aos permissionários. Pelo dia parado desta terça, no qual a companhia permaneceu com os portões fechados para a entrada e saída de alimentos, a estimativa é de uma perda entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões.

Segundo o presidente da Ceagesp, Johnni Hunter Nogueira, no entanto, as perdas dessa terça são recuperáveis.

“Por isso faremos uma força tarefa para que, assim que estiver completamente limpo, o mercado funcione 24 horas para diluir essas perdas”, afirmou.

Nogueira explica que a expectativa é que não haja risco de desabastecimento.

“Estamos avaliando, mas acreditamos que não há esse risco porque a enchente aconteceu de domingo para segunda, o que significa que os estoques estavam baixos porque ainda não tínhamos recebido a mercadoria”, afirma.

A Ceagesp não garante, no entanto, que as perdas não sejam repassadas pelos permissionários aos preços dos produtos.

Segundo o chefe da seção de controle de qualidade hortigranjeiros, Gabriel Vicente Bitencourt, é possível que haja um aumento especulativo no preço dos alimentos no curto prazo.

“Esses preços podem durar por um ou dois dias, mas como existe uma quantidade de produtos também represados no campo, a tendência é de redução dos preços depois de um tempo”, diz.

O presidente da companhia afirma, ainda, que sentiu falta de auxílio por parte da prefeitura de São Paulo e do governo do Estado.

“Tivemos que fazer tudo sozinhos. Mas esperávamos pelo menos uma ajuda, já que a responsabilidade é do poder público”, diz Nogueira. (Com informações da Folhapress)

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