IBGE

Salário recebido por homens é 26,9% maior do que por mulheres

Apesar de alta, esta é a menor diferença da série histórica do levantamento, iniciado em 2012

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A desigualdade salarial entre homens e mulheres ainda é alta, mas segue diminuindo por mais um ano. Em 2018, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc) do IBGE, divulgada nesta quarta-feira, 16, o salário recebido por eles era 26,9% maior do que o recebido por elas. Esta é a menor diferença da série histórica do levantamento, iniciado em 2012.

A diferença salarial entre homens e mulheres vem caindo desde 2013. Naquele ano, a disparidade era de 36%.

Em 2018, os homens tiveram rendimento médio real de R$ 2.460 por mês, enquanto as mulheres receberam, em média R$ 1.938 por mês.

Em todas as regiões, essa diferença persiste. A principal diferença entre homens e mulheres foi registrada na região Sul, onde os homens recebem R$ 2.731 e as mulheres, R$ 2.035, 74,5% do salário dos homens. A menor diferença ocorre na região Norte, onde os trabalhadores recebem R$ 1.833 e as trabalhadoras R$ 1.582. o correspondente a 86,3%.

De acordo com o IBGE, os homens ainda são maioria da força de trabalho brasileira, com 56,7% da população ocupada. Em todas as regiões, o cenário se repete, sendo o pior registrado na região Norte, onde apenas 40% dos trabalhadores eram mulheres.

Pretos e brancos

O levantamento do IBGE aponta também que, no ano passado, brancos ganharam 42,7% mais que pardos e 43,5% mais que negros no país. O rendimento mensal médio dos brancos foi de R$ 2.897, enquanto o de pardos foi de R$ 1.659 e o de pretos, de R$ 1.636.

Nível de instrução

Em 2018, profissionais com ensino superior completo receberam em média R$ 4.997, quase três vezes mais que aqueles com ensino médio completo (R$ 1.755) e quase seis vezes mais do que os trabalhadores sem instrução (R$ 856).

As disparidades também são relevantes regionalmente. Em 2018, profissionais do Sudeste, do Centro-Oeste e do Sul receberam mensalmente em média R$ 2.572, R$ 2.480 e R$ 2.428, respectivamente. Já os do Norte e Nordeste ganharam e 1.735 e R$ 1.497, respectivamente. A diferença chega a 41,7% entre Sudeste e Nordeste, os dois extremos.

No ano passado, o Nordeste foi a única região a ter redução no rendimento médio mensal de todos os trabalhos. A queda foi de 1,3% em relação a 2017. Já o Norte e o Sudeste tiveram as maiores altas, com avanço de 5,6% e 3,8%, respectivamente.

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