R$ 2 bilhões

Rombo nas contas do DF preocupa novo governo

Transição acredita que valor da dívida pode ultrapassar R$ 2 bilhões

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A 19 dias para o fim do ano e da posse do governador eleito do DF, Rodrigo Rollemberg, os brasilienses enfrentam um verdadeiro caos na cidade. Atraso no pagamento de servidores e empresas prestadoras de serviço, greves, manifestações e muitos transtornos. Além dos problemas citados, a equipe de transição do novo governo calcula uma dívida no valor de R$ 2 bilhões para o início do mandato. O GDF diz não reconhecer este valor.

A coordenadora executiva da Transição, Leany Lemos, explica que a conta é baseada em balanço público divulgado pelo próprio governo. ?As informações chegaram há cerca de três semanas. É um cenário que muda muito. 40% das despesas do ano não foram liquidadas e o que está previsto é insuficiente?, acredita.

Segundo Leany, há uma série de contratos que não estão sendo pagos. ?Ônibus, hospitais, serviços. Se não são pagos até 31 de dezembro passam para o próximo ano, com recursos de 2015. A gente trabalha com o déficit de R$ 2 bilhões para mais. Eles fazem esforço para honrar, mas as folhas de educação e de saúde estão em R$ 1,1 bilhão, fora segurança e servidores. A expectativa de receita no orçamento está frustrada?, conta.

Em nota, o GDF explicou que a venda de títulos da dívida ativa é uma inovação utilizada com sucesso em diversas unidades da Federação. ?Os recursos darão suporte aos investimentos em serviço público?, diz. O Fundo Especial da Dívida Ativa (Fedat) foi sancionado no último dia 3 e prevê a comercialização das dívidas de contribuintes com investidores na tentativa de tirar a administração do vermelho.

Para a equipe de transição, o Fedat pode prejudicar o DF. ?Somos a favor da securitização como medida possível, mas, nesse caso, para o retorno rápido ser atrativo para o mercado, poderá abrir mão da receita. Deve ser feito com programação?, explica Leany Lemos.

Dívida anterior

Segundo o GDF, quando Agnelo assumiu o Buriti, em 2011, a dívida deixada pelo governo anterior somava R$ 800 milhões, além todos os contratos cancelados.

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