Rollemberg vai herdar de Agnelo, no GDF, um rombo de R$ 3,8 bilhões
Rombo bilionário nas contas do GDF dificultará início da gestão Rollemberg
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que nem sequer conseguiu votos suficientes para disputar o segundo turno, na tentativa de reeleição, vai entregar o comando do governo ao sucessor rodrigo Rollemberg (PSB) com um rombo estimado em R$ 3,8 bilhões, segundo a equipe de transição.
De janeiro a outubro, as despesas superaram as receitas em R$ 3,2 bilhões. A meta fixada para o ano, de limitar o rombo a R$ 971 milhões, não será atingida. Na semana passada, protestos de funcionários públicos que ainda não receberam os salários de dezembro fecharam quase todos os dias o Eixo Monumental, que corta a cidade de leste a oeste, tornando o trânsito caótico.
Assim como o governo federal, que penou nas últimas semanas para aprovar no Congresso a sua manobra para fechar as contas, o governo do DF precisou do aval do Legislativo para não terminar o ano sem fundos e descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Agnelo conseguiu aprovar na Câmara Legislativa projeto que autoriza a venda de títulos da dívida ativa ?o governo aposta na operação para captar até R$ 2 bilhões ainda este ano, e afirma que vai usá-los para investimentos em serviços públicos. Despesas como pagamentos de salários, porém, dependem desses recursos. No entanto, O Fundo Especial da Dívida Ativa (Fedat) acabou suspenso pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na última sexta-feira (12), a pedido do Ministério Público. Por meio de medida cautelar, com força de liminar, o presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro, determinou que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não registre o Fedat. Caso tenha registrado, que seja suspenso.