Delação

Rollemberg recebeu R$ 852,8 mil da JBS na campanha de 2014

Doações foram registradas em planilha disponível no site do TSE

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O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, recebeu R$ 852,8 mil da JBS para a campanha de 2014, de acordo com registros feitos na planilha de doadores do político, documento disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Entre os dias 16 de julho e 13 de novembro, a JBS repassou, ao todo, R$ 402.831,70 – em 40 transações de valores que variam de R$ 6,54 a R$ 150 mil. O documento inclui ainda uma doação de de R$ 450 mil, no dia 24 de outubro, dois dias antes do segundo turno das eleições de 2014. No total, foram repassados R$ 852,8 mil ao governador do DF.

O nome de Rollemberg aparece em um dos documentos apresentados por Ricardo Saud, ex-diretor da J&F. Usada no acordo de delação premiada, a lista tem o nome de 16 governadores eleitos ou reeleitos em 2014 que teriam recebido propina da empresa.

Em nota, o Buriti afirma que as contribuições "se deram de forma lícita e sem qualquer promessa de contrapartida." Ainda de acordo com o texto de posicionamento do GDF, a JBS teve pedidos negados pelo Executivo e que o atual contrato de fornecimento de alimentos para a merenda escolar da rede pública de ensino não será renovado.

Confira o pronunciamento na íntegra.

As contribuições da JBS ao PSB-DF e à campanha do governador Rodrigo Rollemberg estão registradas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e se deram de forma lícita e sem qualquer promessa de contrapartida.

Não houve qualquer ação do governo que tenha trazido benefícios ao grupo.

Pelo contrário, houve um pedido da empresa para obter um regime especial tributário para comercialização de produtos de carne no Distrito Federal, sem a instalação de uma unidade fabril, o que foi recusado pelo Governo de Brasília.

A JBS teve sua inscrição fiscal suspensa no Distrito Federal por encerramento de atividades em 2015.

Atualmente o grupo fornece insumos para a merenda escolar por ter sido vencedor de uma licitação, em 2014, cuja venda se dá a partir de outro estado.

O contrato com a JBS, assinado pelo governo anterior, é de R$ 22,85 milhões.

O contrato vence em julho e não será renovado porque foi realizado um novo pregão no ano passado e a empresa não foi contemplada. Venceu o certame uma empresa local, a JVS. O resultado foi publicado no Diário Oficial do dia 17 de outubro de 2016.

Portanto, desafio a qualquer executivo da JBS apontar qualquer benefício ou contrapartida que tenha sido recebido em função da doação eleitoral.

 

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