Fake news

Rodrigo Maia: Parlamento vai continuar trabalhando de forma independente

“É um problema no Brasil e no mundo, que tem interferido no processo eleitoral", disse Maia sobre as fake news

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"Engavetador-geral" de projetos contra regalias, Maia espera que ideias assim caiam no esquecimento. Foto: Najara Araújo

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o Parlamento vai continuar trabalhando de forma independente e defendeu o respeito às decisões dos Poderes. Ele concedeu entrevista ao programa da jornalista Cidinha Campos na Rádio Tupi nesta quinta-feira (28) e comentou as críticas que o presidente Jair Bolsonaro fez à operação de ontem da Polícia Federal, que investiga aliados dele acusados de criar uma rede de fake news. Bolsonaro afirmou nesta manhã que “ordens absurdas não se cumprem” e que a operação de ontem foi a última deste tipo.

Para Rodrigo Maia, Bolsonaro tem direito de criticar a operação, mas decisões judiciais têm que ser cumpridas e respeitadas. “A gente não pode ser a favor de uma decisão do Judiciário porque é um adversário nosso, e ser contra quando acontece com um aliado. As nossas leis precisam ser respeitadas”, disse.

Rodrigo Maia voltou a defender a investigação que apura a rede de fake news e afirmou que esse movimento busca criar uma narrativa contra as instituições democráticas.

“É um problema no Brasil e no mundo, que tem interferido no processo eleitoral. [Muitas dessas redes de fake news] estão vinculadas em apoiamento ao presidente. Eu sei porque sou vítima e elas vêm no intuito de ampliar e criar um ambiente e uma narrativa da sociedade contra as intuições democráticas. São narrativas falsas que precisam ter uma resposta do Judiciário e uma lei que responsabilize as plataformas”, criticou Maia.

Maia afirmou que não acredita que a ordem democrática sofra algum tipo de ruptura institucional e criticou a declaração do filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, que afirmou que não seria uma questão de se, mas quando ocorreria uma ruptura. Segundo Maia, os partidos podem encaminhar o deputado ao Conselho de Ética se entenderem que Eduardo Bolsonaro cometeu algum crime.

“É muito grave (a declaração), mas vamos continuar trabalhando para que as instituições trabalhem de forma independente e tentando ao máximo o diálogo e a harmonia”, afirmou Rodrigo Maia.(Com informações Agência Câmara)

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