Por salários atrasados

Rodoviários da MCS mantêm braços cruzados

Os funcionários reclamam de salários atrasados desde março

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Cerca de 242 rodoviários da MCS, que paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira (16), continuam de braços cruzados. Eles são responsáveis por 12 linhas que operam na Estrutural, no Recanto das Emas, no Riacho Fundo II e no Guará. Com a manifestação, cerca de 15 mil usuários foram prejudicados. Os funcionários reclamam de salários atrasados desde março.

Segundo um dos diretores do Sindicato dos Rodoviários, Carlos Eduardo Nascimento, há 20 dias o serviço já vinha sendo prejudicado, mas agora os funcionários decidiram não tirar quaisquer micro-ônibus da garagem da companhia. “A luta é para que a Viação Urbi contrate esses trabalhadores, porém as negociações estão emperradas, já que as linhas ainda não foram liberadas para essa empresa”, explica.

O subsecretário de Fiscalização, Auditoria e Controle (Sufisa), da Secretaria de Mobilidade, Fernando Pires, informa que desde o dia 27 de maio a empresa apresenta graves problemas de operação, como falhas no cumprimento das viagens e irregularidades no horário de atendimento. Em alguns dias, o serviço era totalmente paralisado.

Pires ressalta que a multa por viagem não realizada é de R$ 270 na primeira autuação, e de R$ 540 nas reincidentes. Até o final da tarde desta terça-feira (16), a Sufisa encaminhará um relatório para o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) sobre o problema na prestação do serviço. “Caso não volte a atender à população, a MCS incorrerá em descumprimento de contrato, podendo perder a concessão das linhas”, informa o subsecretário.

O DFTrans e a Secretaria de Mobilidade já pensam em um plano emergencial para não prejudicar os usuários do transporte público. A autarquia e a pasta estudam deslocar outra viação — Urbi, Marechal ou São José — para atuar provisoriamente durante a carência de linhas. Apesar de ter personalidade jurídica de uma empresa, a MCS Transportes Ltda atua como uma cooperativa. Nesse modelo de operação, vários permissionários se associam na prestação do serviço.

Dívida

Segundo o GDF, a dívida acumulada entre os anos de 2013 e 2014 com 11 cooperativas chega a R$ 6 milhões. A Associação das Cooperativas e Permissionárias de Transporte Público Coletivo tentam junto ao Executivo a equiparação do valor das passagens cobradas nos micro-ônibus com as tarifas praticadas pelas empresas de ônibus em circulação no Distrito Federal. No mês passado, representantes da categoria reivindicaram ao governo um subsídio para complementar a diferença das tarifas, atualmente fixadas em R$ 1,50 e R$ 2. (Com informações Agência Brasília)

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