'Rachadinha da Saúde'

Witzel cobrava 10% de dinheiro repassado a 7 prefeituras, diz MPF

PGR apontou mais um suposto esquema para desviar dinheiro público da Saúde do Rio de Janeiro

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Witzel também frisou que, durante o seu governo, havia uma orientação expressa para que secretários não se envolvessem com empresários Foto: Antonio Cruz/ABr

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou mais um suposto esquema para desviar dinheiro público da Saúde do Rio de Janeiro, durante a gestão de Wilson Witzel e do ex-secretário da área, Edmar Santos, em que teria sido instituída uma espécie de “rachadinha” de repasses do Fundo Estadual de Saúde a sete prefeituras.

Do total transferido para esses municípios, o grupo receberia de volta 10% do valor. O desvio foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) na segunda denúncia em que aponta Witzel como líder da organização criminosa.

De acordo com Edson Torres, apontado pelo MPF como operador financeiro do grupo, a Secretaria estadual de Saúde planejou transferir R$ 600 milhões aos fundos municipais de Saúde, para que o montante entrasse no cálculo do valor mínimo constitucional a ser aplicado na área. Em tese, a divisão dos recursos seria feita pelo tamanho da cidade, mas isso não foi respeitado em todos os casos.

De acordo com a denúncia contra Witzel, a intenção seria superfaturar obras em algumas cidades para que o lucro fosse revertido para o núcleo comandado pelo Pastor Everaldo.

Torres disse ainda que ele e outros integrantes do grupo participaram de reuniões sobre a destinação de verbas para Petrópolis, São João de Meriti, Paracambi e Itaboraí. Afirmou ainda, em seu depoimento, que as prefeituras de Magé, Saquarema e São Gonçalo também retornaram valores ao grupo.

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