R$ 29 mi bloqueados

Operação prende milicianos suspeitos de obter mais de R$ 190 milhões com crimes no RJ

Organização criminosa usava distribuidora de gás para lavar dinheiro da prática de crimes

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza, na manhã desta terça-feira (28), a operação Pax Romana para cumprir cinco mandados de prisão e 68 de busca e apreensão contra uma organização criminosa de milícia acusada de lavagem e dinheiro. A ação que prendeu quatro dos alvos visa ainda a indisponibilidade de 33 imóveis e 115 veículos, além do bloqueio de 207 bens no valor total de mais de R$ 29 milhões. Desde 2016, foram identificadas movimentações de cerca de R$ 190 milhões relativas à atuação dos milicianos.

A operação é articulada pelo Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro do RJ, com a Receita Estadual e a Agência Nacional do Petróleo (ANP). E a investigação, iniciada a partir de relatório de inteligência financeira do Coaf, apurou que a organização criminosa usava uma empresa distribuidora de gás para fazer a lavagem de dinheiro proveniente da prática de crimes. A quadrilha atua em bairros da Zona Oeste e nos municípios de Nova Iguaçu e Seropédica, na Baixada Fluminense.

Um dos presos foi Carlos Roberto da Silva Rocha, o “Cadu do Gás”, apontado como principal suspeito de operar a movimentação milionária da organização criminosa. O acusado chegou às 8h à Cidade da Polícia usando uma máscara fornecida pelos policiais que o prenderam.

De acordo com o apurado, foram identificadas movimentações incompatíveis dos investigados e pessoas jurídicas em mais de R$ 1 milhão, entre os anos de 2016 e 2018. O bando teria movimentado ainda cerca de R$ 28 milhões de transações atípicas, no período de 2018 a 2019, e aproximadamente R$160 milhões só no mês de janeiro desse ano.

Durante as investigações foram identificados ainda outros crimes praticados pela organização criminosa, que impedia a livre concorrência de empresas e serviços nas regiões onde agem, obrigando os moradores a consumirem produtos e serviços oferecidos ilegalmente por eles. A quadrilha é investigada pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais e crime contra a ordem econômica.

Participam da operação policiais das Delegacias de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), Fazendária (Delfaz) e 26 DP (Todos os Santos). (Com informações da Ascom da PCERJ)

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