Esquema com respiradores

Investigado delatou fortuna que foi atribuída a ex-secretário de saúde preso no Rio

MPRJ cita quantia vultosa encontrada ontem em buscas da Operação Mercadores do Caos

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) confirmou ter recebido a ajuda de um investigado que delatou a localização de vultosa quantia em dinheiro apreendida ontem (10), cuja localização chegou a ser atribuída a um dos endereços do ex-secretário de saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos. No mesmo dia, o ex-assessor do governador Wilson Witzel foi preso pela acusação de liderar a organização criminosa que fraudou contratos de compra de respiradores pulmonares para pacientes de Covid-19.

Neste sábado (11), o MPRJ revelou que R$ 8,5 milhões foi o valor exato apreendido em conta judicial, mas não confirmou se a fortuna estava escondida em uma casa de Edmar Santos, em Itaipava, na região serrana do Rio. E não revelou o nome do investigado que apontou a localização do dinheiro.

Outro endereço do ex-secretário fluminense foi alvo de buscas, em Botafogo. E o MPRJ afirma que os valores arrecadados em um dos endereços de Edmar Santos foi de pouco mais de 5 mil reais.

“Em outra vertente da investigação, um dos investigados indicou ao MPRJ a localização de vultosa quantia em dinheiro, que foi apreendida e está sendo contabilizada para ser posteriormente depositada em conta judicial. Como ainda existem diligências em andamento, não será possível prestar maiores informações”, disse o MPRJ em nota publicada na noite de ontem (10).

A prisão de Edmar Santos é um novo desdobramento da Operação Mercadores do Caos. Em maio, o governador Wilson Witzel (PSC) foi alvo de um desses desdobramentos, quando a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na sede do governo fluminense e em seus endereços e da primeira dama Helena Witzel, também investigada por ilegalidades nos castos do combate à pandemia.

A defesa de Edmar Santos afirmou à reportagem do UOL que não se manifestaria neste momento.

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