Operação Furna da Onça

Flávio Bolsonaro depõe hoje sobre vazamento de operação da PF

Empresário Paulo Marinho disse, em entrevista, que senador recebeu informações sobre a apuração e, por isso, demitiu Queiroz

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Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) - Foto: Beto Barata/Agência Senado

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) deve prestar depoimento nesta segunda-feira, 20, às 14h, em Brasília, pelo Ministério Público Federal (MPF), sobre os supostos vazamentos da Polícia Federal na Operação Furna da Onça, deflagrada em 2018. A denúncia de vazamento foi feita pelo empresário Paulo Marinho, ex-aliado do senador.

Pela prerrogativa do cargo, o próprio senador escolheu o dia, horário e local do depoimento, que será no gabinete dele no Senado.

Em nota, a defesa de Flávio disse que o depoimento está confirmado e que ele vai depor como testemunha.

“Para que a verdade seja restaurada o mais rápido possível, o senador Flávio Bolsonaro marcou a data para depor junto ao Ministério Público Federal. A previsão é de que o depoimento ocorra na próxima segunda-feira (20/07), quando um procurador da República irá ao encontro do parlamentar, em Brasília. Flávio Bolsonaro prestará depoimento na condição de testemunha.

A Operação Furna da Onça mirou parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e detectou movimentação financeira atípica de R$ 1,2 milhão nas contas do ex-assessor Fabrício Queiroz, que atuou no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), apontando a possível prática de “rachadinha” no gabinete do filho do presidente da República.

Segundo o empresário Paulo Marinho, ex-aliado de Bolsonaro, a equipe do então deputado estadual Flávio Bolsonaro recebeu informações vazadas das investigações sigilosas, indicando que Queiroz estava na mira do Ministério Público e que isso teria motivado a demissão do assessor do seu gabinete.

O vazamento da operação teria sido feito por um delegado, segundo o empresário.

Queiroz foi preso em junho no sítio de Fredrick Wassef, ex-advogado de Flávio Bolsonaro, em Atibaia, no interior de São Paulo.

O mandado de prisão foi expedido em um desdobramento da investigação do esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro.

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