Contrato suspeito anulado

Após ação da PF, governo do Rio assume gestão de sete hospitais de campanha

Decisão foi justificada por atrasos na montagem das unidades de saúde pelo Iabas

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Na semana seguinte à deflagração da Operação Placebo, que investiga o envolvimento do governador Wilson Witzel (PSC) em desvios de recursos para o combate à pandemia de covid-19, o governo do Rio de Janeiro decidiu assumir a gestão dos sete hospitais de campanha estaduais que estão sendo preparados para atender pacientes contaminados pelo novo coronavírus. Os hospitais eram administrados pela organização social Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde), que recebeu R$ 836 milhões do governo, e está sendo afastada após ser alvo da ação da Polícia Federal (PF), autorizada pelo Superior Tribunal de Jusiça (STJ), em 26 de maio.

Apesar das suspeitas de ilegalidades no contrato que já consumiu mais de 80% do R$ 1 bilhão destinado às ações de enfrentamento da pandemia, a medida foi justificada pelos atrasos na montagem dos hospitais e por deficiências na gestão da organização social.

As inaugurações das sete unidades, inicialmente previstas para o fim de abril, foram adiadas várias vezes. Apenas o hospital do Maracanã foi entregue.

Na última semana, o Iabas já tinha sido afastado da administração dos hospitais de campanha de São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu. Mas continuaria com a construção dessas unidades e com a gestão do hospital do Maracanã.

Segundo o decreto publicado pelo governador Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, o contrato e os termos aditivos realizados com o instituto serão anulados e o governo vai requisitar todo o equipamento e mão de obra no combate à pandemia, assim como a conclusão das obras.

A Fundação Estadual de Saúde ficará responsável por administrar os sete hospitais de campanha.

Outros dois hospitais de campanha estaduais não estavam sendo administrados pelo instituto e já estão funcionando: Parque dos Atletas e Lagoa-Barra, geridos pela Rede D’Or. (Com informações da Agência Brasil)

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