Após invasão

Representantes de hotel estimam prejuízo de R$ 7 milhões

Além de depredar o hotel, manifestantes teriam furtado objetos

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A passagem dos sem-teto pelo Hotel Saint Peter deixou um prejuízo de R$ 7 milhões, segundo cálculos dos representantes do hotel. Após a saída do grupo, com cerca de 500 pessoas, o cenário encontrado foi de guerra, com móveis revirados, quartos arrombados, louças quebradas, garrafas espalhadas, entre outros.

Uma perícia realizada pelos donos apontou o furto de pelo menos 12 televisores, além de louças e roupas de cama, levados das suítes mais caras. Elas ficam no 15ª andar e teriam sido arrombadas. Representantes do hotel falam ainda em depredação do local, que passou por reforma recentemente. A expectativa era de que o hotel fosse reinaugurado em outubro, mas, com a invasão, os planos foram adiados. A Polícia Civil deve fazer uma perícia no local.

Invasão

Os sem-teto ocuparam o prédio na madrugada da última segunda-feira (14) após serem retirados do Setor Bancário Norte, onde estavam acampados havia dois meses, em frente à Secretaria de Fazenda do DF. No mesmo dia a Justiça determinou a reintegração de posse. Com um plano de ação pronto, a Polícia Militar preferiu esperar o governo concluir reuniões sobre o assunto. O grupo foi transferido no domingo (20) para um clube abandonado, em Taguatinga.

Os manifestantes fazem parte do Movimento Resistência Popular. Entre as reivindicações estão a continuidade do pagamento do auxílio-aluguel, um terreno para que as famílias sejam assentadas e que sejam incluídas em programas de moradia do governo.

Eles receberam o benefício do auxílio-aluguel por um ano, prazo máximo oferecido. O GDF pediu que as famílias sejam cadastradas, assim poderão saber se elas têm direito a participar de algum programa do governo.

Fechado

O Hotel Saint Peter está com as portas fechadas desde março deste ano após decisão judicial. A ordem de despejo, pelo Tribunal de Justiça do DF, ocorreu no meio do expediente e obrigou o remanejamento de hóspedes. O motivo foi reajuste de valores referente ao aluguel do imóvel.

Foi neste mesmo hotel que, em setembro do ano passado, um homem fez um funcionário refém. Ele ameaçou explodir uma bomba no local. Outro assunto que ganhou a mídia foi a oferta de emprego ao ex-ministro José Dirceu. O dono do hotel ofereceu uma vaga ao condenado no escândalo do mensalão com um salário generoso de R$ 20 mil como gerente. 

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