Vitória apertada

Reinaldo Azambuja é reeleito como governador do Mato Grosso do Sul

Azambuja estava na frente nas pesquisas de intenção de voto desde agosto, ainda no primeiro turno

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Reinaldo Azambuja da Silva nasceu em Campo Grande em 13 de maio de 1963 Foto: Facebook

O atual governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), 55, foi reeleito neste domingo (28). Com 100% das urnas apuradas, ele tem 52,35%% do total de votos válidos, contra 47,65% de Juiz Odilon (PDT), 69, estreante na política.

Azambuja estava na frente nas pesquisas de intenção de voto desde agosto, ainda no primeiro turno. Na primeira etapa da eleição, o tucano somou nas urnas 45% dos votos, e o candidato do PDT, 32%.

Ao longo da campanha pela reeleição, o governador prometeu entregar 947 novos leitos hospitalares no estado, além de ampliar e construir hospitais. Ele também prometeu a regionalização do atendimento com ações de saúde. E disse ainda que ampliará o ensino em tempo integral.

Na área de segurança, se comprometeu com a construção de novos presídios e com o reforço do efetivo policial.

Reinaldo Azambuja da Silva nasceu em Campo Grande em 13 de maio de 1963. Produtor rural desde 1982, quando assumiu os negócios da família, é casado com a também produtora rural Fátima Silva e pai de três filhos: Rafael, que é veterinário, Tiago, que trabalha com relações internacionais, e Rodrigo, advogado.

Já foi prefeito de Maracaju (1997 a 2000 e 2001 a 2004), deputado estadual (2007 a 2010) e deputado federal (2011 a 2014). Em 2012, disputou a prefeitura de Campo Grande, mas perdeu. Dois anos depois, foi eleito governador de Mato Grosso do Sul (2015 até agora).

Acusações

A campanha em Mato Grosso do Sul foi marcada em sua reta final por trocas de acusações de corrupção entre os candidatos e pelo apoio de ambos ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que, no primeiro turno, conseguiu 55% dos votos válidos no estado.

Quatro dias antes da eleição, Azambuja viu o STJ (Superior Tribunal de Justiça) arquivar, por unanimidade, investigação aberta contra ele no ano passado por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro.

O inquérito apurava suposto recebimento de propina em troca de benefícios fiscais para uma empresa no estado. O Ministério Público, porém, não encontrou provas de envolvimento do tucano e recomendou o arquivamento do caso.

No debate da TV Morena, afiliada da Globo em MS, na quinta-feira (25), Odilon lembrou que ainda que há uma ação penal sobre delação da JBS que aponta pagamento de propina ao agora governador reeleito.

Já contra Odilon pesa delação de um primo do juiz aposentado, o bacharel em direito Jedeão de Oliveira.

Jedeão afirmou à reportagem que o juiz concedia à Polícia Federal autorizações genéricas de interceptações telefônicas, o que abria espaço para gravações clandestinas, mandava inflar dados divulgados à imprensa sobre apreensão de bens e abrir inquéritos com base em cartas anônimas para legalizar gravações.

Os dois candidatos negam todas as acusações.(Folhapress)

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