Parceria com a PM

Quatro escolas viram Colégios Militares na rede pública do Distrito Federal

A intenção é proporcionar qualidade na educação, com enfrentamento à violência no ambiente escolar

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O Governo do Distrito Federal (GDF) deu início a uma série de medidas preventivas para evitar casos de violência no ambiente escolar. Foto: SSPDF

Na segunda-feira (11) começa o ano letivo na rede pública do Distrito Federal, entretanto o retorno às aulas, não será igual para todos, tendo em vistas que quatro centros educacionais terão a parceria da Polícia Militar e foram transformados em Colégios Militares. A expectativa do GDF é ampliar o projeto piloto da Escola de Gestão Compartilhada para outras escolas. “É um programa de grande importância e que vai virar a página da educação no Distrito Federal”, afirmou Ibaneis Rocha.

O governador Ibaneis Rocha mencionou a criação do Projeto Escolas Militares, durante o lançamento do Programa SOS Segurança. Para ele é fundamental retomar os valores cívicos para as crianças.

Durante assinatura da Portaria que deu início ao projeto piloto da Escola de Gestão Compartilhada, nesta quinta-feira (31), Ibaneis destacou. “Espero que depois de algum tempo as escolas voltem a ser administradas inteiramente pela sociedade civil, mas só depois que for retomado o ambiente de respeito com professores, servidores e colegas”.

A Portaria Conjunta teve assinatura, dos secretários de Educação, Rafael Parente, e da Segurança, Anderson Torres, e a comandante da PMDF, coronel Sheyla Sampaio. E foi corroborado pelo governador em solenidade no Palácio do Buriti

No começo, o projeto está sendo implantado nos quatro centros educacionais: CED 03 de Sobradinho; CED 308 do Recanto das Emas; CED 01 da Estrutural  e o CED 07 da Ceilândia. Objetivo é estender o programa para 20 escolas, até julho deste ano, dobrando o número até o final de 2019. A expectativa é que até 2022, final do seu mandato, serão 200 colégios com a participação da PM, em união com professores e com o sistema educacional.

A intenção com a medida é proporcionar qualidade na educação, buscando enfrentar a violência no ambiente escolar, com a participação da Polícia Militar na gestão administrativa e pedagógica, seguindo as diretrizes da Secretaria de Educação.

O GDF enfatiza que um dos objetivos dos Colégios Militares é facilitar a construção de valores cívicos e patrióticos entre os estudantes, além de melhorar os Indicadores de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nas instituições de ensino que participarem do projeto.

Críticas ao programa

Sagazmente, o governador ao assinar a portaria, se antecipou as críticas, e falou sobre as reações adversas ao projeto. “Toda mudança traz um grau de insatisfação, mas este é o caminho correto e vamos mostrar resultados”.

O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) é contrário a “militarização” da educação Pública do DF , por nota, alega que “a medida é apenas uma maquiagem aos reais problemas da educação. É preciso encontrar uma solução democrática que atenda todos alunos de forma igualitária sem segregação, como por exemplo,  por meio do investimento em todas as escolas públicas civis, redução do número de alunos por turma e a contratação de mais professores (as) e orientadores (as) educacionais”.

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