Novo modelo de gestão

Quase 85% dos servidores do Hospital de Base resolvem ficar na unidade

Cerca de 500 funcionários serão remanejados; quem não respondeu ao questionário fica no hospital

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Quase 85% dos servidores do Hospital de Base optaram por permanecer na unidade que este ano passa a ser um serviço social autônomo. Os funcionários tiveram até 28 de dezembro para decidir se ficavam ou se preferiam ser remanejados para outra unidade.

De acordo com a Secretaria de Saúde, o Hospital de Base tem 3.236 servidores. Desse total, 2.442 responderam ao questionário: 1.941 resolveram permanecer e 501 desejam ser remanejados pela pasta. Aqueles que não preencheram o questionário foram automaticamente selecionados para permanecer no hospital.

Para o diretor-geral do Hospital de Base, Ismael Alexandrino, o resultado foi coerente com o que se já se esperava. “Nosso planejamento inicial era que de 500 a 700 servidores optassem pelo remanejamento.”

Os servidores que não querem permanecer no hospital após a mudança de modelo de gestão serão realocados de acordo com a necessidade de atendimento à população, mantendo a mesma atividade exercida no Base. Se for possível, será atendida a preferência do servidor.

Mesmo com o fim do prazo, os funcionários ainda podem optar por deixar o hospital. No entanto, não é possível indicar as preferências de para onde quer se remanejado. Nesse caso, a mudança será feita exclusivamente pelas necessidades da Secretaria de Saúde.

Regulamento interno

As regras para contratação e compras do Instituto Hospital de Base foram publicadas no dia 5 de dezembro no Diário Oficial do Distrito Federal. Uma das mudanças internas está relacionada à contratação de funcionários, agora regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Para ser efetivado, um profissional terá que passar por um processo seletivo com pelo menos duas fases. Depois, dependendo da função, será realizada uma análise de currículo, provas técnicas e oral, e entrevistas. Para cargos de assessoramento, gerência e contratações de urgência, por exemplo, o processo seletivo pode ser dispensado.

Além da contratação pela CLT, o regulamento estabelece novas regras para contratos com fornecedores. O Instituto Hospital de Base não seguirá a Lei de Licitações. A aquisição de materiais e a contratação de serviços serão realizadas por meio de uma seleção de fornecedores, com a publicação de um ato convocatório. Em caso de contratos de baixo valor, no entanto, a seleção pode ser dispensada.

Mesmo com a nova regra, os contratos do instituto continuam sendo fiscalizados por órgãos controladores e tribunais de contas. Em 2018, a entidade administrará cerca de R$ 500 milhões provenientes dos cofres públicos, montante similar ao orçamento para os próximos anos previsto pelo GDF.

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