Promotoria recomenda arquivamento de processo contra Capitão Bruno
Video que mostra o militar disparando spray de pimenta contra manifestantes teria sido editado
A Promotoria de Justiça Militar manifestou-se, no dia 17 de fevereiro, pelo arquivamento do inquérito policial militar que apurava a conduta do capitão da Polícia Militar, Alexandre Bruno da Rocha, durante as manifestações ocorridas no Dia 7 de Setembro do ano passado. O caso do Capitão Bruno ganhou repercussão após o militar ter sido filmado supostamente dizendo que disparou gás lacrimogêneo contra os manifestantes ?porque quis?.
Para o promotor Nísio Tostes, é possível constatar que o vídeo foi editado para levar a crer que o capitão usou o spray de forma arbitrária. No exame das imagens, nota-se que o policial militar que utilizou o spray de pimenta não é o capitão Bruno. ?Percebe-se que são duas pessoas distintas em razão do primeiro ter bigode e cavanhaque, além de uma insígnia no velcro do braço direito, enquanto o capitão não apresenta esses detalhes, como se vê nas próprias imagens?, explicou o promotor.
Quanto a suposta fala do capitão, Tostes conclui que ?o uso da expressão ‘fiz porque quis’, isoladamente, não configura crime. Se houve falta disciplinar, o fato deve ser apurado pela Corregedoria da Polícia Militar?.