Corrupção

Promotoria reabre inquérito do monotrilho de São Paulo

Conselho do MP quer saber se empresa alvo da Lava Jato foi contratada para obra do Metrô

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O Conselho Superior do Ministério Público determinou a reabertura de inquérito para apurar supostas irregularidades envolvendo empresas e o doleiro Alberto Youssef – alvo da Operação Lava Jato -, no âmbito das obras da Linha 15 Prata do Monotrilho de São Paulo.

A investigação chegou a ser arquivada em setembro de 2015 pelo promotor de Justiça Augusto Eduardo de Souza Rossini, mas o colegiado de cúpula do Ministério Público acredita que são necessárias novas diligências para esclarecer se os contratos firmados pela Sanko Sider ‘são regulares e não houve prejuízo ao erário’.

A Sanko Sider fornece tubos para obras de engenharia e foi alvo da Operação Lava Jato. Os integrantes do Conselho observam que ‘eventuais fraudes lesivas ao erário também podem ocorrer em contratos firmados para fornecimento de materiais utilizados nas obras públicas, ainda que não haja contratação direta da Administração Pública’.

A empresa constava em uma planilha de Youssef com 750 obras públicas em quase todo o País, inclusive São Paulo. Entre as obras, a ‘Obra Vila Prudente’ (uma das estações do monotrilho), tendo como ‘cliente’ a Construtora OAS e como ‘cliente final’ o Metrô.

O empresário Márcio Bonilha, do Grupo Sanko Sider, foi condenado em um processo da Lava Jato a 12 anos de prisão por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em outra ação ele foi absolvido. O doleiro disse na Promotoria que recebia uma comissão que variava de 3% a 8%. Afirmou, ainda, não ter nenhum conhecimento sobre os contratos do Metrô, da Sabesp e do Rodoanel que também aparecem na planilha. Como as anotações de Youssef não envolviam nenhum agente público e nem citação a propina, a Promotoria arquivou o inquérito entendendo que ‘haveria mera relação comercial travada entre particulares’. Com informações da Agência Estado

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