Procuradoria-Geral do DF assume defesa da Novacap
Novacap é alvo de ações sobre corrupção na obra do Mané
A Procuradoria-Geral do Distrito Federal vai assumir a defesa da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) nos processos de corrupção envolvendo as obras do Estádio Mané Garrincha.
Por ser um órgão público, a Novacap tem um departamento jurídico, que é obrigado a acompanhar o trâmite dos processos, mesmo com a medida da Procuradoria. O GDF tem 52% das ações do órgão e a União, 48%.
Dois ex-gestores da companhia são alvos de uma operação que investiga o superfaturamento das obras do Mané Garrincha, estimado em R$ 900 milhões. A Polícia Federal cumpriu, no dia 23 de maio, mandados de busca e apreensão nas casas de Maruska Lima e Nilson Martorelli, ex-presidentes da Novacap. Os agentes encontraram pen drives com planilhas de supostos pagamentos de propina, documentos relativos as obras do Estádio Mané Garrincha e quantias de dinheiro nas residências.
As descobertas levaram à autorização de um mandado de busca e apreensão na sede da Novacap. De acordo com o juiz da 10ª Vara Federal, Vallisney de Souza Oliveira, as apreensão dos elementos nas casas dos ex-presidentes aumentam as possibilidades de que existam outras provas de práticas ilícitas na sede da companhia.
Também são suspeitos de integrar o esquema os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR); o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB); Francisco Claudio Monteiro, ex-assessor de Agnelo; os empresários Jorge Luiz Salomão e Sérgio Lúcio Silva de Andrade; Fernando Márcio Queiroz, dono da Via Engenharia; e Afrânio Roberto de Souza Filho, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do DF.