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Prefeitura de São Paulo deixa de administrar estádio de futebol

Consórcio pagará R$115,3 milhões ao município pela concessão do Pacaembu

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Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, agora ficará sob administração privada.

A Prefeitura de São Paulo assinou nesta segunda-feira (16) o contrato de concessão com o Complexo Pacaembu e o Consórcio Patrimônio SP, para modernizar, melhorar a gestão, operação e manutenção do complexo.

O grupo deverá investir na infraestrutura, nas instalações, na acessibilidade, sinalização e comunicação visual, nos sistemas elétricos, hidráulicos e de telecomunicações (incluindo TI), e no ar condicionado e iluminação. Deverão ser realizadas reformas nos espaços tanto do centro poliesportivo, quanto do estádio. A implantação destas intervenções deve ocorrer até o terceiro ano de concessão, que totaliza 35 anos.

Os envelopes da concorrência pública para a concessão do Pacaembu foram abertos em fevereiro de 2019 e o consórcio formado pelas empresas Progen – Projetos Gerenciamento e Engenharia e Savona Fundo de Investimento em Participações, apresentou a melhor proposta financeira: R$ 115.395.000,00, 208% a mais do que a outorga mínima que era de R$ 37 milhões. Além da outorga fixa, a concessionária deverá também uma outorga variável de 1% sobre a receita bruta da empresa.

“Teremos um estádio mais moderno e com uma administração mais ágil, sem as dificuldades que a legislação coloca ao poder público para compra de um papel higiênico e até novos refletores. Quem ganha com isso é a população da cidade”, disse o prefeito Bruno Covas.

O Pacaembu tem uma área total de 75.598 m², sendo que o estádio tem 50.000 m², com capacidade de público para 40 mil pessoas divididas na arquibancada, numeradas e tribunas. A iluminação é composta de seis torres de nas laterais, totalizando 126 refletores. O campo de futebol tem 104 metros de extensão e 68 metros de largura, com alambrado tem 2,50 metros de altura. O complexo poliesportivo tem área total de 25.598 m².

O estádio conta com 37 sanitários masculinos e femininos localizados nas arquibancadas superiores, em volta do campo e próximos ao tobogã.

O complexo possui piscina olímpica aquecida com arquibancada para 2.500 pessoas e padrão Federação Internacional de Natação, ginásio poliesportivo coberto com capacidade para abrigar 2.166 espectadores, ginásio de saibro coberto para tênis com arquibancada para 800 pessoas, quadra externa de tênis com arquibancada para 1.500 pessoas, quadra externa para futsal e vôlei com iluminação, três pistas de corrida com 500, 600 e 860 metros e duas salas de ginástica e atividade física em geral.

Segundo dados da prefeitura, durante a semana 300 pessoas utilizam as quadras e equipamentos e 200 usam a piscina, número que aumenta para 500 aos finais de semana e verão.  Desde sua inauguração em 27 de abril de 1940, se associaram ao Pacaembu 27 mil pessoas.

Eventos

A primeira partida de futebol disputada no estádio foi realizada no dia 28 de abril de 1940, entre Palestra Itália e Coritiba. Em 1950 o estádio recebeu a Copa do Mundo de 1950, com seis jogos, um deles do Brasil contra a Suiça. Em 1961, o Pacaembu recebe o nome de Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, homenagem ao comandante da delegação brasileira na Copa do Mundo de 1958, na Suécia.

O maior público registrado no estádio foi 71.281 espectadores em uma partida do São Paulo contra o Corinthians em maio de 1942. Em 1963, o complexo recebeu os jogos Pan-Americanos. Depois de ser considerado patrimônio histórico da cidade de São Paulo em 1994, o estádio recebeu o Papa Bento que realizou uma missa no local.

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