'Sem sentido'

Prefeito de Maceió vê ‘insanidade’ em cortes bilionários na educação do Brasil

Rui Palmeira não crê em futuro do País com cortes feitos sem ordem, organização, nem sentido

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Rui Palmeira, Prefeito de Maceió. Foto: Marco Antônio/Secom Maceió

A decisão do Ministério da Educação (MEC) de congelar, no sábado (4), pelo menos R$ 2,4 bilhões para investimentos em programas do ensino infantil ao médio em todo o Brasil foi duramente criticada pelo prefeito de Maceió (AL), Rui Palmeira (PSDB), que avaliou a decisão do governo de Jair Bolsonaro (PSL) como uma “insanidade”, nesta segunda-feira (6).

O prefeito da capital alagoana disse temer que a decisão agrave a situação das contas do Município e afirmou que a dureza dos cortes, “de forma desordenada, desorganizada e sem o menor sentido”, lhe tira a crença de futuro do Brasil.

“É uma insanidade. Quem vai ser penalizado com isso são as famílias que mais precisam, crianças que muitas vezes não têm nem alimentação em casa e acabam tendo na escola. São crianças vulneráveis ao crime. Ao longo dos últimos anos, o Mais Educação era um recurso para que mantivéssemos as crianças nos dois turnos e também já foi cortado. O Governo Federal bancava 48 escolas, dois anos atrás passou para 10 e agora nenhuma. O município já está arcando com isso com recurso próprio, para que as crianças dessas 48 escolas fiquem em tempo integral”, criticou Rui Palmeira, ao inaugurar o Centro Pesqueiro de Jaraguá.

Os cortes na educação já acumulam quase R$ 8 bilhões, sendo R$ 2,4 bilhões na educação básica, R$ 2,2 bilhões do ensino superior e R$ 1 bilhão dos institutos federais, segundo dados da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). E surpreendem não apenas por contrariar as promessas de investimento maior na educação, bem como o argumento do presidente Bolsonaro de que os cortes anunciados primeiramente em universidades e institutos federais seriam revertidos para o ensino básico.

Rui Palmeira lembrou que já havia um subfinanciamento em diversas áreas da educação básica, a exemplo da merenda escolar, antes dos novos cortes.

“O Governo Federal coloca um valor que não é reajustado há quatro anos e os municípios têm que bancar 60% do valor da merenda. Já há uma inversão. O Governo Federal deveria bancar a merenda e o município entrar com uma pequena contrapartida, mas isso já se inverteu ao longo da última década e isso vai agravando a situação das contas do município”, criticou. (Com informações da Gazetaweb)

 

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