ÔNIBUS COLETIVOS

Prefeito de Maceió recusa ampliar tarifas para R$ 4,05 ou R$ 4,20

Tucano vê pleitos de empresários de ônibus como inaceitáveis

acessibilidade:

O prefeito de Maceió(AL), Rui Palmeira (PSDB), não vai acatar nenhuma das duas propostas de reajuste da tarifa do transporte público em Alagoas, feitas pelos donos das empresas de ônibus da capital alagoana. A informação é de Antônio Moura, titular da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).

A tarifa atual é de R$ 3,50 e as proposta feita pelo Sindicato dos Transportadores Urbanos (Sinturb) é de ampliá-la para R$ 4,05. Ainda houve uma segunda sugestão, da empresa Veleiro, que apesar de ser a que mantém os ônibus mais propôs valor de R$ 4,20 para o trabalhador poder se deslocar em Maceió.

Palavra final sobre reajuste será do prefeito (Foto: Marco Antônio/Secom)“Quem define é o prefeito e ele já me avisou que não vai acontecer de a gente aprovar um valor tão alto. Ele pediu a planilha técnica para analisar o argumento da perda de passageiros, sentar com os empresários para debater e chegar a um valor razoável. Vamos chegar num valor que a gente entenda ser aceitável para a população. Não existe possibilidade de acatar sugestões dessas. As empresas e o sindicato têm o direito de propor à vontade. O conselho consultivo da SMTT vai emitir parecer, mas quem define é a Prefeitura”, disse o superintendente da SMTT, ao Diário do Poder.

Antônio Moura afirma que a SMTT vai contrapor as sugestões com o estudo técnico que deve ser concluído hoje e anunciado na próxima semana. “Com a planilha técnica em mãos, vamos discutir argumentos subjetivos como a questão de atribuir a queda de passageiros à ausência de fiscalização. O que não é verdade. Há fiscalização, mas os infratores sempre buscam novas formas de desrespeitar as regras. Prova de que agimos é a cassação de 70 praças de taxis por irregularidades como a prática de lotação”, disse Moura.

Para justificar os valores propostos para aumento, os empresários argumentam ainda que houve ampliação no preço do óleo diesel durante 2017, nos “mais de cem aumentos de combustível” que ocorreram. E também alegam que, nos últimos quatro anos houve perda de 1.175.035 de passageiros, gerando prejuízo de mais de R$ 4 milhões mensais.

Os empresários ainda argumentam que o aumento da tributação do PIS/Confins em torno de 7% fez o preço do litro do diesel saltar de R$ 2,30 para R$ 3.

Mas também é fato que algumas empresas descumprem contrato fruto de uma licitação inédita realizada na gestão do prefeito Rui Palmeira. A exemplo da empresa Veleiro, que possui parte da frota fora do padrão exigido pelos contratos, como lembra o superintendente da SMTT. “A empresa que solicitou o maior aumento é a que está com maior pendência no contrato”, citou Moura.

Reportar Erro