Eeições 2018

Prefeito de BH diz que está ocupado demais para apoiar candidaturas

Prefeito de BH acha bobagem eleição para governador

acessibilidade:

Considerado peça importante no xadrez eleitoral de Minas Gerais, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), afirmou nesta segunda-feira (25) que não deve apoiar nenhum candidato ao Palácio da Liberdade. Em mais uma demonstração de seu estilo despachado, chamou a eleição de bobagem e criticou o fato de receber pouca ajuda do governo do estado.
“Provavelmente vou ficar neutro porque estou muito ocupado com a prefeitura. E não posso perder tempo com bobagem de eleição para governador até porque nos próximos quatro anos, como fizeram nesse quase um ano e meio que estou aqui, ajudarão muito pouco”, disse.
Kalil reafirmou que sua posição atual é de neutralidade e que deverá se manter assim até outubro. “O PHS liberou todo mundo para [apoiar] quem quiser. A minha posição continua a mesma de neutralidade e repito que nenhum deles me ajudou em nada”, completou.
Eleito sem apoio de grandes partidos e considerado um novato na política, Kalil relativizou sua importância no jogo, mas, há alguns meses, seu nome aparecia entre os favoritos em pesquisas para o governo de Minas. O prefeito, porém, já deixou claro que não pretende concorrer para cumprir a promessa de administrar BH por quatro anos.
“Meu apoio não vale nada, porque se apoio valesse alguma coisa, eu não estava sentado nessa cadeira”, disse.
Segundo Kalil, é preciso ainda definir exatamente quem vão ser os candidatos e afirmou que não tem opinião formada sobre eles. “É importante eles começarem a se posicionar em coisas sérias para que a população de BH escolha o melhor candidato.”
Apesar da mágoa com o PSDB após um segundo turno em que sofreu ataques do adversário tucano João Leite, Kalil tem boa relação com o senador Antonio Anastasia, pré-candidato do partido ao governo de Minas.
Com o governador Fernando Pimentel (PT), candidato à reeleição, o contato também é amigável, embora a falta de recursos do estado em crise financeira seja um entrave. Kalil também é próximo de Adalclever Lopes, pré-candidato do MDB ao governo que se afastou da aliança com o PT recentemente.
No plano federal, Kalil já recebeu em Belo Horizonte os candidatos Ciro Gomes (PDT), Rodrigo Maia (DEM), Álvaro Dias (Podemos), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL) e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes de sua prisão em abril. Houve duas tentativas frustradas de sentar-se com Geraldo Alckmin (PSDB).
Outros nomes do PHS, contudo, já escolheram Anastasia como candidato. O jornalista Carlos Vianna (PHS) é cotado, inclusive, como postulante ao Senado na chapa do tucano.
Em viagem com Anastasia a Uberaba, Vianna afirmou que o apoio do PHS ao tucano passa pela direção do partido, mas disse esperar que a aliança seja anunciada. “No que depender de mim, meu desejo é que o partido caminhe com o professor Anastasia”, disse.
O próprio Kalil, em 2010, gravou vídeo de campanha em apoio a Anastasia, que foi reeleito governador de Minas naquele ano. Na época, o prefeito era presidente do Atlético Mineiro e também apoiava o senador Aécio Neves (PSDB).
Em entrevista à Folha de S.Paulo em dezembro passado, porém, após Aécio ter sido implicado na delação da JBS, Kalil lhe fez uma crítica indireta, afirmando que Minas está cheia de “defuntos políticos”. (Folhapress)

Reportar Erro