Saúde na UTI

Prefeito 'reavalia' se vai UPA do Benedito Bentes à população

Ele diz que não há dinheiro para unidade de saúde funcionar

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O mais importante, saiu: dinheiro para construir uma Unidade de Pronto Atendimento no Benedito Bentes, financiada com recursos federais e entregue para a gestão da Prefeitura de Maceió. Mas o prefeito da cidade, Rui Palmeira (PSDB), agora alega que está "reavaliando a funcionalidade" da unidade de saúde, que permanece fechada, apesar de ser necessária à população.

Palmeira reclama da falta de verbas do governo federal e da situação financeira da prefeitura, que tem muitas dívidas junto a fornecedores. Na verdade, a prefeitura só precisa arcar com 50% dos custos de manutenção da UPA, porque a outra metade será bancada pelo governo federal. Mas até parece queele só conta com os 50% federais:

– Vamos inaugurar a UPA do Trapiche da Barra no final de agosto e nos preocupa saber que algumas dessas unidades em Alagoas estão sem receber os repasses há seis meses. Por isso, a do Benedito Bentes está em análise; paramos a escolha da empresa porque precisamos saber se o governo federal vai mandar o dinheiro.

O prefeito ontem anunciou a decisão de aplicar calote nos fornecedores do município para não deixar de pagar os salários dos servidores. Ele se queixa da queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Rui Palmeira diz que a prefeitura está chamando essas empresas para explicar a situação. "Precisamos pagar a folha e essa é nossa prioridade. Esse mês e o próximo se mostram bastante preocupantes. Mas, quando a situação permitir, voltaremos a pagar dentro do mês".

Segundo ele, Maceió esperava uma receita extra de R$ 10 milhões e o governo federal só mandou R$ 5 milhões. E a segunda parcela do FPM também terá uma queda, como a primeira desse mês. "A segunda parcela deve continuar nesse ritmo de queda. Todos os municípios esperavam receber um valor extra, mas receberam apenas a metade. Não há orçamento, planejamento que aguente isso. Me coloquei à disposição da ama para as manifestações contra isso. Não é uma ato contra a Dilma, mas contra essas medidas", conclui.

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