Aeroporto de Guarulhos

Polícia prende quarto suspeito de integrar quadrilha que roubou ouro de Cumbica

Até o momento, nenhum grama do mais de 700kg de ouro foi recuperado

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A Polícia Civil de São Paulo prendeu neste sábado (03/08) mais um suspeito de envolvimento no roubo de 718,9kg de ouro no terminal de cargas do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, o quarto até o momento. 

A prisão foi feita por agentes da 5ª Delegacia Patrimônio (Investigações sobre Roubo a Banco). A polícia não confirmou a identidade nem qual a participação do suspeito preso no crime.

Na quinta-feira (1º), agentes do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) encontraram peças de uma ambulância que teria sido usada pela quadrilha. O veículo foi achado em um matagal na zona rural de Ferras de Vasconcelos, município da Grande São Paulo, próximo a Guarulhos.

O roubo aconteceu no último dia 25 de julho. O bando se disfarçou de policiais federais e usou duas viaturas clonadas. Nenhum tiro foi disparado durante a ação, que durou cerca de dois minutos e meio. 

Parte da carga pertence à mineradora Kinross Paracatu e era transportada pela empresa Brinks. A polícia já havia prendido outras três pessoas suspeitas de participação do crime. 

Um deles é o aeroviário Peterson Patrício, preso na noite do último dia (27/07). Ele é funcionário do terminal de cargas do aeroporto e alegou, horas depois do crime, ter sido obrigado pelos criminosos a ajudar no roubo após ser mantido refém, junto da família, desde o dia anterior.

Nas imagens registradas no momento do roubo, captadas pelo sistema de segurança do aeroporto, Patrício é o primeiro a aparecer descendo de uma caminhonete clonada da Polícia Federal.

É ele também quem indica aos outros integrantes da quadrilha o local exato onde estavam os malotes de ouro, cujo valor supera R$ 120 milhões, e chega a carregar com as mãos peças que estavam soltas em um contêiner.

O outro suspeito preso, Peterson Brasil, também é funcionário do aeroporto. A justiça determinou a prisão dele no começo da noite do dia 28/08. O suspeito já estava detido no DEIC.

Célio Dias, o terceiro suspeito preso, é arrendatário de um terreno na zona leste da capital. Os policiais acreditam que ele ajudou o grupo ao fornecer o local como o segundo ponto de transbordo para o crime, na avenida São Miguel, atrás de um forró.

Foi ali no terreno que o bando abandonou as caminhonetes, branca e prata, que não têm registro de roubo, e seguiram para um destino ignorado. Antes disso, a quadrilha já havia deixado os carros clonados da Polícia Federal em um terreno na região do Jardim Pantanal.

Dias foi preso em flagrante porque a polícia encontrou com ele um carregador de fuzil, com munições .556. Até agora, nenhum grama do ouro foi recuperado. Os investigadores estimam que a quadrilha tenha gasto cerca de R$ 1 milhão para levar a cabo o roubo.

Com informações da Folhapress.

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