Polícia não sabe onde está ex-administrador de Águas Claras

Apesar de estar em prisão domiciliar, o paradeiro do ex-administrador de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira, é desconhecido pela Polícia Civil. A decisão da Justiça de conceder ao gestor de Águas Claras o direito de cumprir o resto da pena em casa surpreendeu os agentes, que tiveram conhecimento somente três horas depois Carlos Sidney ser solto. Ao procurá-lo em casa, a segunda surpresa: Carlos havia desaparecido. Agora, a Polícia Civil tenta revogar o ?benefício? judicial.

No Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, de onde saiu a decisão de libertá-lo para cumprir pena em casa, impera o segredo de justiça. Nada sobre o caso pode ser informado. Tal segredo parece ter se estendido até mesmo aos policiais da conjunta Operação Átrio, que tiveram acesso a informação somente três horas após a libertação. Apesar do constrangimento, o Tribunal faz questão de frisar que seguiu os trâmites corretos de informar à carceragem da soltura.

Ao pedir para cumprir o resto da prisão temporária em casa, Carlos Sidney usou os problemas de saúde. Preso ainda na manhã de quinta-feira (7) em casa, Carlos Passou mal e acabou internado no Hospital de Base na noite de sexta. Teve crises de hipertensão e ficou em observação, escoltado pela polícia. Ao receber alta médica, no sábado, retornou à cela da Papuda. Mas ficou por pouco tempo.

Logo conseguiu que fosse transferido para casa. Mas não foi para o endereço registrado na Delegacia de Polícia. Suspeita-se que esteja em uma fazenda, mas a polícia desconhece onde ela fica. Mesmo assim não pode ser considerado foragido por ter conquistado o direito ao benefício. Carlos Sidney é acusado de obter vantagens para liberar alvarás de construção.