Cheque roubado por tesoureiro

Polícia investiga golpe sofrido por farmacêuticos

Tesoureiro do CRF ficava com valores da anuidade dos profissionais

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A Polícia Civil do DF investiga um golpe sofrido por farmacêuticos de Brasília, ocorrido em 2013. Segundo a denúncia, o então tesoureiro do Conselho Regional de Farmácia do DF, Cláudio Marques Chaveiro, sugeria aos profissionais o pagamento da anuidade à vista, em cheque, com desconto de 50%. O valor, que ficava em cerca de R$ 4 mil, teria ficado com o tesoureiro. Segundo a Polícia Civil, Cláudio já foi indiciado em três inquéritos policiais. Ainda segundo a polícia, até o momento, há pelo menos oito ocorrências sobre este golpe.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Farmácia do DF (CRF-DF), Ozório Paiva Filho, Cláudio Marques foi tesoureiro na gestão de 2012 e de 2013. O caso causou repercussão negativa ao órgão. “Ele recebeu em cheque ou dinheiro e não viabilizou a atividade. Nesse período que estou aqui (2014/15), nosso propósito foi resgatar a confiança da categoria e da sociedade”, disse. Ainda de acordo com o presidente, o ex-tesoureiro se apropriava dos valores cobrados para a inscrição de empresa e a anuidade. 

O presidente do CRF explicou que a escolha para o cargo de tesoureiro é feita por meio de processo eleitoral democrático a cada dois anos. “O povo sempre escolhe sem olhar os antecedentes”, lamentou. Filho confirmou que são cerca de oito pessoas lesadas. “Entre farmacêuticos e proprietários, mas existem outros, que não tiveram a coragem e ousadia de fazer o boletim de ocorrência.” 

Para evitar que esse tipo de caso volte a acontecer e garantir a transparência nas atividades do conselho, Ozório Filho pede que tanto a população quanto os profissionais visitem o site do CRF-DF. “Temos uma página com ouvidoria, uma aba com transparência em que disponibilizamos informações necessárias ao conhecimento da sociedade e farmacêuticos, inclusive na questão dos salários”, completou. O site é: www.crfdf.org.br.

Questionado, o sindicato dos Farmacêuticos não respondeu à reportagem.

Ocorrências

De acordo com um dos boletins de ocorrência, à época, Cláudio havia falado às vítimas que era o responsável em receber o pagamento das taxas anuais e emitir a certidão de regularidade. De acordo com a denúncia, Cláudio recebia os valores, emitia o documento, mas não repassava o dinheiro ao CRF, que também foi lesado.

Uma das vítimas relatou à polícia que quando o marido foi efetuar o pagamento do exercício de 2014, foi informado de que a empresa estaria com a taxa de 2013 em aberto. Havia, segundo a denúncia, pelo menos outras 30 farmácias com a mesma pendência.

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