Busca e apreensão

Polícia Civil investiga ex-prefeito de Campo Grande por abuso sexual

Ação faz parte da investigação contra o ex-prefeito Marquinhos Trad pelo crime de abuso sexual

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Os agentes estiveram no 1º andar, onde fica o setor de finanças, e no 2º andar, onde está o gabinete que era ocupado pelo ex-prefeito. Foto: Henrique Arakaki Midiamix

A Polícia Civil esteve na manhã desta terça-feira (9), na sede da prefeitura de Campo Grande onde cumpriu mandados de busca e apreensão para investigar denúncias contra o ex-prefeito e candidato ao governo do Mato Grosso do Sul, Marquinhos Trad (PSD).

Trad é acusado por 15 mulheres de abuso sexual, importunação, estupro e tentativa de estupro. Segundo informações do site MS em Brasília, pelo menos duas delas relatam ter tido relações sexuais no gabinete do ex-prefeito.

A responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Maíra Pacheco explicou que foi necessária a perícia do local, já que as supostas vítimas relataram que os crimes ocorreram na prefeitura.

Os agentes estiveram no 1º andar, onde fica o setor de finanças, e no 2º andar, onde está o gabinete que era ocupado pelo ex-prefeito. Agora os computadores e documentos apreendidos serão analisados pelos peritos. Também será feita análise para identificar registro de entrada e saída de pessoas do gabinete.

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar os casos no último dia 5 de julho, mas a ocorrência é de 2020. O inquérito policial trata dos crimes de estupro, favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual, assédio sexual, importunação sexual, perseguição, posse sexual mediante fraude e vias de fato.

Segundo matéria do site Midia max, uma das mulheres que denunciou o ex-prefeito relatou que em 2021 recebeu uma mensagem sendo convidada para ir ao Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande, de onde seguiriam para uma fazenda no interior para participar de uma festa.

Ela e as outras vítimas envolvidas no processo voaram em uma aeronave particular até a propriedade rural. Na festa citada pela vítima, estariam pessoas ligadas a Marquinhos Trad, como um delegado da Polícia Civil, que teria agredido a mulher com um tapa no rosto durante a ‘festinha’, dois empreiteiros e outros servidores públicos.

Ela contou que depois ele se desculpou e que não recebeu outras ameaças. A festa teria sido regada a drogas e bebidas alcoólicas e as mulheres chegaram a receber dinheiro ao voltarem para Campo Grande.

Apesar de citar que teria conhecido o empreiteiro que promoveu a festa através de Marquinhos, no depoimento a mulher diz que o então prefeito não participou da ‘farra’.

A defesa de Trad se manifestou por meio de nota. As advogadas  Andréa Flores e Rejane Alves de Arruda, afirmam que as buscas realizadas na prefeitura de Campo Grande são ações orquestradas para atingir a candidatura do ex-prefeito.

“Mesmo feita de forma midiática, com presença de diversas viaturas da polícia, para prejudicar a candidatura ao Governo do Estado de Marquinhos Trad (PSD), a operação desta terça-feira vai favorecer a defesa, pois comprovará que algumas das supostas vítimas nunca estiveram na Prefeitura Municipal de Campo Grande, evidenciando a armação em curso.

Marquinhos Trad é vítima de uma ação orquestrada para atingir sua candidatura e as advogadas de defesa de Trad, Dra. Andréa Flores e Dra. Rejane Alves de Arruda, já tomaram uma série de medidas jurídicas contra a campanha caluniosa, baseada em denúncias falsas.

O movimento começou na pré-campanha, quando um grupo que quer minar a candidatura do ex-prefeito cooptou mulheres para prestarem falsas denúncias de assédio sexual. A defesa tem evidências, registradas por uma das denunciantes em cartório, que comprovam a armação.”

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