Querem reajuste

Polícia Civil decide paralisar por 24 horas nesta segunda-feira

Delegados e agentes cobram paridade com Polícia Federal

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Delegados, agentes, escrivães, papiloscopistas e todos os demais servidores da Polícia Civil do Distrito Federal decidiram paralisar as atividades por 24 horas nesta segunda-feira (17), a partir das 8h. Os profissionais cobram do governo a paridade remuneratória com a Polícia Federal, de 37%. 

Segundo comunicado divulgado pelo Sindicato dos Delegados do DF (Sindepo), "é inviável os delegados de polícia manterem a regular prestação dos serviços da PCDF sem a atuação dos integrantes das demais carreiras". O texto diz ainda que a Diretoria do sindicato entrou em contato com a Diretoria do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) e ajustou que as prisões em flagrante serão recebidas e formalizadas normalmente durante a paralisação, assim como o atendimento às vítimas de violência doméstica.

Além da paralisação, a diretoria do Sinpol-DF e os representantes sindicais decidiram fazer uma assembleia geral, às 14h, no Complexo da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Na ocasião, acontecerá uma manifestação contrária ao diretor-geral da PCDF, Eric Seba, por ter revogado a medida que havia restringido o horário de funcionamento das delegacias, mesmo sem garantir o efetivo necessário para a reabertura de delegacias em sistema de plantão. 

De acordo com o Sinpol, os policiais civis lotados no plantão estão cumprindo escala semanais de 48 horas, sem direito à compensação ou recebimento de adicional noturno ou horas extras, que também há equipes de plantão compostas por apenas dois policiais civis, colocando-os em risco de morte, bem como quebrando protocolos de segurança orgânica das unidades;

“É inconcebível e inaceitável a forma diferenciada que o GDF vem dispensando à Polícia Civil, uma vez que alega crise financeira e impossibilidade de negociar recomposição com a categoria, ao mesmo tempo garante aumento salarial apenas à Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do DF. Este tratamento diferenciado entre as forças, privilegiando umas em detrimento da outra, tem gerado grande conturbação na Segurança Pública do DF, de forma geral”, declarou Rodrigo Franco, presidente do Sinpol-DF.

Em nota, a Casa Civil informou que, com o intuito de que os serviços prestados à população não sejam prejudicados, em caso de greves e paralisações, vai adotar as medidas previstas no decreto nº 37.692, publicado em 6 de outubro. As regras preveem corte de ponto e das vantagens em dias de falta aos servidores que participarem do movimento, conforme previsto na Lei de Geral de Greve aplicado ao serviço público após decisão do Supremo Tribunal Federal.

A Direção da Polícia Civil informou que não vai se manifestar sobre o movimento, nem respondeu aos questionamentos da reportagem. 

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