Operação QG da Propina

Polícia Civil cumpre mandados em 22 locais do Rio, inclusive a casa de Crivella

Baseada em delação premiada, a operação é desdobramento da "QG da Propina"

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Ex-prefeito do RJ e atual deputado federal Marcelo Crivella (Rep).(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil).

O Ministério Público e a Polícia Civil cumprem 22 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Prefeitura do Rio.

A operação investiga um suposto esquema de corrupção na administração municipal.

A ação é um desdobramento da primeira fase, que ficou conhecida como “QG da Propina”, e teve como alvos Marcelo Alves, então presidente da Riotur, o irmão dele, Rafael Alves, e Lemuel Gonçalves, ex-assessor do prefeito Marcelo Crivella.

Os agentes estão realizando buscas na casa de Crivella, na Zona Oeste, além de endereços ligados a agentes públicos e empresários nas Zonas Norte e Sul, na Baixada Fluminense, e na Região Serrana.

Em dezembro do ano passado, o Ministério Público abriu um inquérito para investigar a criação de um esquema de propina na prefeitura para liberação de verbas através de pagamentos indevidos.

A investigação mostrou que o empresário Rafael Alves seria o operador do suposto esquema de corrupção na Prefeitura.

A ação foi baseada em uma delação premiada.

Um doleiro preso na Operação Câmbio Desligo teve a colaboração homologada pela Justiça Federal e pelo Tribunal de Justiça do Estado.

Rafael Alves teria auxiliado Crivella a receber doações de pessoas físicas e jurídicas nas eleições de 2016.

Depois do pleito, o irmão virou secretário e Rafael seria o responsável por organizar a contratação de empresas e cobrar dívidas que a prefeitura teria para receber.

O doleiro Sergio Mizhay contou que toda a operação tinha pagamento de propina.

Para provar as denúncias, Mizhay disse que tinha imagens das câmeras de segurança das reuniões e depoimento do motorista que o acompanhou nos encontros e dados bancários.

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