Promessa de penas brandas

PF mira advogado de réus da Lava Jato no Rio, acusado de negociar ‘acesso’ a Bretas

Nythalmar Dias Ferreira Filho é suspeito de prometer penas mais brandas por meio de delações

acessibilidade:

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (23), no Rio de Janeiro, uma operação em busca de provas de que o advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho teria oferecido a réus da Operação Lava Jato uma negociação para garantir “acesso” ao juiz federal Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que não é alvo da investigação.

Foram alvos de mandados de busca e apreensão, cinco endereços do advogado que defendeu diversos réus da Lava Jato no Rio, a exemplo do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB-RJ). Com a presença de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), as buscas foram realizadas em dois endereços em Campo Grande, na Zona Oeste; um no Centro, um em Ipanema e no Catete, ambos na Zona Sul.

Não foram revelados pela PF, os detalhes do motivo da investigação, nem sobre o suposto crime de que Nythalmar é suspeito, sob a alegação deu que o processo tramita sob sigilo.

Segundo reportagem do G1, Nythalmar abordava clientes potenciais com a promessa de que teria amplo acesso ao juiz Marcelo Bretas, e responsável pelo processamento e julgamento de casos da Lava Jato no Rio. Tal promessa envolveria a garantia de penas mais brandas, via delações premiadas, em troca de honorários com alvos valores.

O juiz Marcelo Bretas afirmou ao G1 que não ia comentar o caso. O Ministério Público Federal (MPF) não divulgou informações sobre a operação, até a última atualização desta reportagem. E o Diário do Poder não conseguiu contato com o advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho.

Além do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, entre os clientes de Nythalmar estão Fernando Cavendish, ex-dono da Delta Construções; Julio Lopes, ex-deputado federal; Arthur Soares, empresário conhecido como Rei Arthur; José Mariano Beltrame, ex-secretário de Segurança do RJ; Alexandre Accioly, empresário; e Marco Antônio de Luca, prestador de serviços para o governo de Sérgio Cabral. (Com informações do G1)

Reportar Erro