Operação Mercancia Postal

PF investiga servidores dos Correios suspeitos de simular furtos em agências do Maranhão

Esquema de corrupção tinha participação de funcionários da empresa pública

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A Polícia Federal, com o apoio do Ministério Público Federal, deflagrou nesta manhã (17) a Operação Mercancia Postal, com a finalidade de desarticular grupo criminoso que se utiliza da estrutura dos Correios para o cometimento de diversas fraudes, com suspeita de participação de funcionários em simulações de furtos e recebimento de propina, nas cidades maranhenses de São Luís, Barreirinhas, Bacabal, Santa Inês, São Luís Gonzaga, Lago Verde, Codó e Coelho Neto.

Equipes formadas por 74 policiais federais deram cumprimento a 16 mandados de busca e apreensão, 6 mandados de prisão temporária e 8 mandados de intimação. Além disso, foi determinado o sequestro de bens dos principais investigados no valor total de R$ 933 mil. As medidas judiciais foram expedidas pela Subseção Judiciária de Bacabal/MA, decorrente de representações da autoridade policial responsável pelos dois Inquéritos Policiais.

Com base em informações da Coordenação de Segurança Corporativa dos Correios e a partir de elementos de informação colhidos em dois Inquéritos Policiais, especialmente decorrentes da Operação Hermes e o Gado II, foram verificados indícios de que empregados dos Correios estariam simulando roubos e furtos para se apropriarem de valores das agências; cobrando propina para revalidação de senhas de benefícios previdenciários, no procedimento de “prova de vida”; e criando CPFs em nome de pessoas fictícias para o recebimento fraudulento de benefícios assistenciais do Governo Federal, entre eles o auxílio emergencial pago em razão da pandemia de covid-19.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por roubo, furto, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, peculato eletrônico, falsa comunicação de crime, estelionato majorado e associação criminosa.

A Operação Mercancia Postal diz respeito ao ato de mercadejar, mercantilizar, fazer o comércio espúrio, utilizando-se para tanto da estrutura dos Correios. (Com informações da Comunicação Social da Polícia Federal no Maranhão)

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