Operação Octanagem

PF e Receita combatem estelionato e lavagem de R$12,5 milhões em Minas

Investigação mira grupo criminoso acusado de fraude e danos a instituições bancárias

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Agentes da PF e da Receita em ação na Operação Octanagem, em Minas Gerais. Foto: Ascom PF

A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram hoje (11) a Operação Octanagem, para desarticular quadrilha especializada na prática de golpes de estelionato e lavagem de dinheiro, utilizando postos de combustíveis. Em valor não atualizado, o prejuízo causado a instituições financeiras ultrapassa R$ 12,5 milhões.

Policiais federais e servidores da Receita Federal deram cumprimento a 13 mandados de prisão temporária, 14 mandados de busca e apreensão e ordens judicias de sequestro e indisponibilidade de bens de 47 pessoas físicas e jurídicas. As medidas foram expedidas pela 11ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte, especializada em crimes praticados por organizações criminosas.

A Representação Regional da Interpol em Minas Gerais identificou uma quadrilha responsável pela expedição de mais de três centenas de documentos federais e estaduais ideologicamente falsos. A partir destas informações foram iniciadas as investigações em julho de 2020.

De acordo com o que foi apurado, a partir da obtenção e uso de documentos falsos de identidade, carteiras de habilitação e CPF, a quadrilha praticou fraudes contra instituições financeiras e posteriormente passou a “lavar” o dinheiro, obtido ilicitamente, em uma rede de aproximadamente 30 postos de combustíveis. Esta rede possui grande atuação na região centro-oeste mineira e no mercado imobiliário dos estados de Minas Gerais e Bahia.

Realizado minucioso trabalho investigativo pela PF, com auxílio da Receita Federal, foi possível identificar e qualificar os usuários dos documentos, ideologicamente falsos, expedidos em nome de 47 pessoas físicas e posteriormente utilizados em alterações contratuais de 38 empresas registradas nas juntas comerciais de Minas Gerais e Bahia. O Grupo criminoso possui sedes na região metropolitana da capital mineira, e nas cidades de Divinópolis (MG) e Lauro de Freitas (BA).

Os investigados responderão pelos crimes de estelionato majorado (pena de 1 a 5 anos de reclusão), falsidade ideológica e uso de documento falso (1 a 5 anos de reclusão), organização criminosa (pena de 3 a 8 anos de reclusão) e, em especial, lavagem de dinheiro (3 a 10 anos de reclusão).

Após o término do procedimento eles serão encaminhados ao presídio onde ficarão à disposição da Justiça Federal. (Com informações da Comunicação Social da PF em Divinópolis/MG)

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