Operação Nômades

PF combate garimpo ilegal de quartzos raros e outros minerais em Minas Gerais

Usurpação de bens da União ocorria na região de Curvelo, Bocaiuva e Governador Valadares

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Imagem aérea de garimpo ilegal de quartzos raros e outros minerais, alvo da Operação Nômade da PF em Minas Gerais. Foto: Ascom PF/MG

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (5) a Operação Nômades, para combater garimpo ilegal de quartzos raros e outros minerais na região das cidades mineiras de Curvelo, Bocaiuva e Governador Valadares. A ação descapitaliza e desarticula a organização criminosa investigada, além de reprimir grupos armados que atuavam na coação e ameaças a pessoas ligadas ao ramo de extração mineral legal em Minas Gerais.

As investigações apuraram que o grupo criminoso atuava sem licenças em extrações de minerais raros, incluindo contrabando de pedras raras para países da Ásia, sem recolhimento de contribuições e tributos devidos, causando prejuízo de milhões de reais ao meio ambiente. Os investigados também praticavam lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

Foi identificado vínculo criminal entre diversos investigados de outras operações realizadas em Minas, como a Lodo Verde II.

A Polícia Federal representou por 11 mandados de busca e apreensão, que foram expedidos pela Justiça Federal de Belo Horizonte e cumpridos nas cidades mineiras de Bocaiúva, Couto de Magalhães, Governador Valadares e Para de Minas e em Vila Velha(ES), em locais de garimpos ilegais e em residências e empresas de pessoas ligadas ao grupo e beneficiadas com as atividades ilegais.

Houve, também, bloqueio de valores e sequestro de bens imóveis e veículos de investigados. Durante as buscas, foram conduzidas duas pessoas por posse irregular de armas de fogo.

Os fatos investigados podem configurar diversos crimes contra o meio ambiente, como usurpação de bem da união, crimes de atuação de organização criminosa, de descumprimento de ordens de embargos e de ocultação patrimonial e lavagem de bens e capitais, que podem resultar em pena de reclusão de até 12 anos e multa.

Seguindo todos os protocolos de cuidados do Ministério da Saúde em face da pandemia do Covid-19, a Polícia Federal continua trabalhando. (Com informações da Comunicação Social da PF em Minas Gerais)

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