Crime eleitoral

PF apura compra de votos a R$ 150 no interior de Alagoas

Operação Pilastra investiga membros de três coligações no Pilar

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O município alagoano do Pilar tem relato de tiros em caminhada eleitoral e pedido de tropas federais já aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem apenas três candidaturas na disputa pelo cargo de prefeito, todas elas com candidatos a vereador e cabos eleitorais fazendo cadastro de eleitores e propostas que variam entre R$ 120 e R$ 150 para a compra de cada voto. A realidade foi revelada nesta sexta-feira (23) pela deflagração da Operação Pilastra.

A incursão da Polícia Federal no Pilar levou três equipes para cumprir 13 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 8ª Zona Eleitoral em Pilar. O delegado que comandou a operação, Fábio Maia, é chefe da Delegacia da PF de Combate ao Crime Organizado em Alagoas e não revelou à imprensa os nomes dos suspeitos.

Também não houve o detalhamento dos materiais apreendidos, que serão submetidos a análises técnicas em busca da comprovação das denúncias de crimes eleitorais. Mas, além de documentos, o delegado revelou ter apreendido dinheiro que seria usado nos cadastros e na negociação com os eleitores.

Apesar da existência de suspeitos, nenhum deles foi presou ou levado coercitivamente para depor na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Maceió.

“Caso seja caracterizado crime eleitoral, a PF vai responsabilizar a quem for direito por captação ilícita de sufrágio. O Judiciário será comunicado caso haja alguma diligência a ser feita ou pedido de medida cautelar contra os suspeitos", disse o delegado Fábio Maia, na entrevista coletiva.

Um morador do Pilar foi o autor da denúncia que levou a Polícia Federal agir. 

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