Eleições/DF 2018

Paulo Octavio desiste do Senado para não ter de brigar com seus aliados

Ele lamentou a divisão do grupo em quatro candidaturas

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Paulo Octavio preferiu seguir com suas atividades empresariais fora da política partidária.

O ex-vice-governador Paulo Octavio (PP) desistiu da sua candidatura a uma das vagas do Distrito Federal no Senado, este ano, apesar de bem situado nas pesquisas. Ele já estava em segundo lugar, inclusive com possibilidade de superar Cristovam Buarque (PPS) nas intenções de voto.

Sua desistência surpreendeu os aliados, mas não deveria: Paulo Otavio diz sempre que não faz política para brigar, mas para somar, e ele se viu em meio a um grupo político fragmentado em quatro candidaturas distintas, após a desistência de Jofran Frejat (PR), o líder nas pesquisas para o governo do DF.

“Eu sou amigo dos quatro, não vou brigar com nenhum deles”, disse Paulo Octavio ao Diário do Poder. Apesar disso, está otimista com as chances desse grupo e está convencido de que um deles será o governador. Ele aposta que Alberto Fraga (DEM) vai para o segundo turno contra um dos três do grupo: Ibaneis Rocha (MDB), Eliana Pedrosa (Pros) e Rogério Rosso (PSD).

Político experiente, Paulo acha também que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) será derrotado, talvez já no primeiro turno, como aconteceu ao antecessor Agnelo Queiroz (PT). “Se ele for para o segundo turno, com certeza o grupo vai se unir contra ele”, avalia.

Rôney mantém fidelidade
A crise política no DF tem posto à prova a fidelidade do deputado Rôney Nemer, presidente regional do PP, ao ex-vice-governador Tadeu Fillippeli, presidente do MDB-DF. Apesar de todas as pressões, Nemer se recusa a romper a aliança.

Uma das pressões mais fortes contra Nemer foi exercida pela deputada Celina Leão, ex-presidente da Câmara Legislativa. Ela o pressionou fortemente a assinar uma ata do PP aderindo à candidatura de Eliana Pedrosa. A deputada até conseguiu do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), uma ordem para que Nemer assinasse a ata que ele pretendia, mas o parlamentar ignorou a determinação, mantendo a aliança com o MDB de Fillippeli.

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